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24/04/2003
-
08h52
O comandante da Tona Galea, que naufragou no último sábado em Cabo Frio (154 km do Rio de Janeiro, na região dos Lagos), atribuiu o acidente a três fatores conjugados: o mar, o vento e o peso. Ele prestou depoimento à polícia ontem à noite. O acidente causou 14 mortes. Uma pessoa permanece desaparecida.
"Na visão dele, o fato foi gerado por três fatores: uma onda inclinou o barco e, ao mesmo tempo, uma rajada de vento, que tinha intensidade variando entre moderada a forte, atingiu a embarcação. Os dois fatores jogaram os passageiros para um único lado, virando a embarcação de forma muito rápida", disse o delegado José Omena, titular da 126ª DP (Cabo Frio).
Segundo o delegado, o comandante Norberto Guimarães da Silveira disse ainda que socorreu mulheres e crianças.
Reforma
Segundo a polícia, a Tona Galea era uma embarcação denominada chata e sofreu uma reforma em oficina clandestina para navegar em mar aberto, mas o casco não seria o ideal para esta atividade.
O comandante disse ao delegado que a reforma ocorreu em março de 2001 e que somente parte do convés foi reaproveitada. Omena afirma que o projeto de reforma e o anterior ainda serão avaliados.
Resgate
Durante o depoimento, o comandante da embarcação disse que, após salvar algumas mulheres e crianças, foi impedido de continuar o resgate por ocupantes de um "barquinho".
"Ele disse que levou uma mulher e uma criança até um barquinho e que viu uma mulher se afogando, mas não conseguiria ir até ela carregando as outras duas pessoas. Antes de retornar [para buscar a mulher], a tripulação pegou ele pela camisa e puxou para o barquinho. Perguntei qual era seu estado físico naquele momento e ele disse que estava exausto, que se fosse pegar a mulher também morreria, se é que ela morreu", afirmou o delegado.
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Comandante do Tona Galea presta depoimento à polícia de Cabo Frio
da Folha OnlineO comandante da Tona Galea, que naufragou no último sábado em Cabo Frio (154 km do Rio de Janeiro, na região dos Lagos), atribuiu o acidente a três fatores conjugados: o mar, o vento e o peso. Ele prestou depoimento à polícia ontem à noite. O acidente causou 14 mortes. Uma pessoa permanece desaparecida.
Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem Escuna Tona Galea, que adernou em Cabo Frio provocando a morte de pelo menos 14 pessoas |
Segundo o delegado, o comandante Norberto Guimarães da Silveira disse ainda que socorreu mulheres e crianças.
Reforma
Segundo a polícia, a Tona Galea era uma embarcação denominada chata e sofreu uma reforma em oficina clandestina para navegar em mar aberto, mas o casco não seria o ideal para esta atividade.
O comandante disse ao delegado que a reforma ocorreu em março de 2001 e que somente parte do convés foi reaproveitada. Omena afirma que o projeto de reforma e o anterior ainda serão avaliados.
Resgate
Durante o depoimento, o comandante da embarcação disse que, após salvar algumas mulheres e crianças, foi impedido de continuar o resgate por ocupantes de um "barquinho".
"Ele disse que levou uma mulher e uma criança até um barquinho e que viu uma mulher se afogando, mas não conseguiria ir até ela carregando as outras duas pessoas. Antes de retornar [para buscar a mulher], a tripulação pegou ele pela camisa e puxou para o barquinho. Perguntei qual era seu estado físico naquele momento e ele disse que estava exausto, que se fosse pegar a mulher também morreria, se é que ela morreu", afirmou o delegado.
Arte/Folha Online |
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