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08/08/2003 - 01h16

Sussuquinha se hospedou em hotel de SP com nome falso, diz polícia

LÍVIA MARRA
da Folha Online

Conhecido por fugir pela porta da frente do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio, o traficante e sequestrador Cláudio Roberto Moreira Pacheco, 38, o Sussuquinha, foi preso nesta quinta-feira em São Paulo. Ele é acusado de envolvimento em um sequestro na capital paulista.

A vítima é F.P.E., 73, proprietário de um hotel em na região de Itaquera (zona leste). Segundo a DAS (Divisão Anti-Sequestro de São Paulo), Sussuquinha ficou 20 dias hospedado no hotel e levantou informações sobre a vítima.

Para se hospedar, ele usou o nome de um homem morto no ano passado no Rio, vítima de um acidente de moto, segundo a polícia fluminense.

Após contatos telefônicos entre os secretários da Segurança do Rio, Anthony Garotinho, e de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, a polícia chegou até o acusado. Além da troca de informações e de fotos, as investigações contaram com escutas telefônicas.

Em uma delas, segundo a Polícia Civil do Rio, Adriano Espósito Monteiro, primo de Sussuquinha e preso Penitenciária Milton Dias Moreira, no complexo da Frei Caneca, falava sobre o sequestro.

Prisão

Sussuquinha foi preso nas proximidades da estação Ana Rosa do metrô (zona sul). Após a prisão, o empresário foi libertado.

F.P.E. havia sido rendido no dia 23 de julho e levado para um cativeiro na região da Liberdade, área central da cidade. Ele ficou acorrentado e não teve alimentação adequada. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o resgate não chegou a ser pago.

O comparsa de Sussuquinha, Isaías Nascimento dos Santos, 24, também foi preso.

Fuga

Sussuquinha era procurado desde o dia 29 de maio, quando fugiu pela porta da frente do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio.

O fato resultou na prisão do então comandante da unidade, coronel Jorge Duarte, do chefe do serviço de inteligência da unidade e outros policiais que estavam de plantão.

Pela fuga, Sussuquinha teria pago cerca de R$ 700 mil a policiais militares.

Considerado altamente seguro, o Batalhão de Choque da PM abrigou, no ano passado, integrantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho).

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar (atualmente preso em São Paulo), Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, Marco Antônio Tavares, o Marquinhos Niterói, Marco Antônio Firmino, o My Thor, Márcio Silva Macedo, o Gigante, e Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, foram levados para a unidade após rebelião ocorrida no dia 11 de setembro em Bangu 1, que resultou na morte de rivais e na destruição da penitenciária. O grupo retornou para Bangu no dia 26 de outubro.

Outro integrante do CV, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, preso no dia 19 de setembro sob acusação de envolvimento no jornalista Tim Lopes, também ficou detido no Batalhão de Choque da PM.

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