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27/08/2003
-
13h18
da Folha Online
Começou nesta manhã, no TJ (Tribunal de Justiça) do Pará, o julgamento de cinco acusados de sequestrar, matar e mutilar crianças em Altamira (777 km de Belém), entre 1989 e 1993.
O juiz Ronaldo Valle, titular da 15ª Vara Penal do Estado, abriu a sessão de júri popular por volta das 8h30, comunicando a presença em plenário e convidando à mesa da presidência o secretário Nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda.
Segundo o TJ, os cinco acusados compareceram à sessão, com seus respectivos advogados. Também estão presentes a subprocuradora-geral da República Maria Eliane Menezes de Farias, o assessor especial do Ministério da Justiça, Douglas Martins, e o assessor da Ouvidoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Pedro Montenegro.
O Ministério Público pede que os acusados --dois médicos, um ex-policial militar, o filho de um empresário local e uma paranaense que supostamente lideraria uma seita ligada a magia negra-- sejam condenados a mais de cem anos de prisão.
Etapas
O juiz decidiu desmembrar e julgar os réus em duas sessões. Hoje, serão julgados Amailton Madeira Gomes e o ex-policial Carlos Alberto dos Santos Lima.
A segunda sessão está marcada para a próxima terça-feira (02), quando serão julgados os médicos Césio Flávio Caldas Brandão e Anísio Ferreira de Souza e a paranaense Valentina de Andrade.
O advogado Jânio Siqueira que atua na defesa de Gomes, dividirá as três horas reservadas à defesa, com direito a tréplica, com a advogada pública Marilda Cantal, única defensora que atua no caso.
Após ler a denúncia o juiz iniciou o interrogatório de Gomes, que negou participação no caso. Segundo o TJ, ele disse desconhecer como o crime foi praticado e que nunca viu os dois médicos e Valentina.
Gomes disse ainda que nunca participou de rituais com os outros acusados. Ele atribui as acusações porque pertence a uma família de poder econômico elevado no município.
Vítimas
Segundo o Ministério Público, os acusados são responsáveis pela castração de nove meninos --seis deles foram mortos--, por cinco tentativas de sequestro e pelo desaparecimento de outras cinco crianças. Todas as vítimas tinham entre 8 e 14 anos e eram do sexo masculino.
As crianças mortas e as três sobreviventes tiveram os órgãos genitais tirados com instrumento cirúrgico, segundo laudos periciais realizados na época. Algumas delas foram abusadas sexualmente.
De acordo com a acusação, a castração fazia parte de um ritual de magia negra. A paranaense Valentina seria a líder de uma seita, com sede na Argentina, chamada LUS (Lineamento Universal Superior).
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Começou nesta manhã, no TJ (Tribunal de Justiça) do Pará, o julgamento de cinco acusados de sequestrar, matar e mutilar crianças em Altamira (777 km de Belém), entre 1989 e 1993.
O juiz Ronaldo Valle, titular da 15ª Vara Penal do Estado, abriu a sessão de júri popular por volta das 8h30, comunicando a presença em plenário e convidando à mesa da presidência o secretário Nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda.
Segundo o TJ, os cinco acusados compareceram à sessão, com seus respectivos advogados. Também estão presentes a subprocuradora-geral da República Maria Eliane Menezes de Farias, o assessor especial do Ministério da Justiça, Douglas Martins, e o assessor da Ouvidoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Pedro Montenegro.
O Ministério Público pede que os acusados --dois médicos, um ex-policial militar, o filho de um empresário local e uma paranaense que supostamente lideraria uma seita ligada a magia negra-- sejam condenados a mais de cem anos de prisão.
Etapas
O juiz decidiu desmembrar e julgar os réus em duas sessões. Hoje, serão julgados Amailton Madeira Gomes e o ex-policial Carlos Alberto dos Santos Lima.
A segunda sessão está marcada para a próxima terça-feira (02), quando serão julgados os médicos Césio Flávio Caldas Brandão e Anísio Ferreira de Souza e a paranaense Valentina de Andrade.
O advogado Jânio Siqueira que atua na defesa de Gomes, dividirá as três horas reservadas à defesa, com direito a tréplica, com a advogada pública Marilda Cantal, única defensora que atua no caso.
Após ler a denúncia o juiz iniciou o interrogatório de Gomes, que negou participação no caso. Segundo o TJ, ele disse desconhecer como o crime foi praticado e que nunca viu os dois médicos e Valentina.
Gomes disse ainda que nunca participou de rituais com os outros acusados. Ele atribui as acusações porque pertence a uma família de poder econômico elevado no município.
Vítimas
Segundo o Ministério Público, os acusados são responsáveis pela castração de nove meninos --seis deles foram mortos--, por cinco tentativas de sequestro e pelo desaparecimento de outras cinco crianças. Todas as vítimas tinham entre 8 e 14 anos e eram do sexo masculino.
As crianças mortas e as três sobreviventes tiveram os órgãos genitais tirados com instrumento cirúrgico, segundo laudos periciais realizados na época. Algumas delas foram abusadas sexualmente.
De acordo com a acusação, a castração fazia parte de um ritual de magia negra. A paranaense Valentina seria a líder de uma seita, com sede na Argentina, chamada LUS (Lineamento Universal Superior).
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