Publicidade
Publicidade
19/09/2003
-
22h27
da Folha Online
Policiais do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) ouviram hoje o depoimento de Antonio Rodrigues da Silva Filho, um dos homens encapuzados que apareceram em entrevista exibida pelo programa "Domingo Legal", do SBT, no último dia 7. Os supostos criminosos disseram integrar a facção criminosa PCC e fizeram ameaças a apresentadores de outras emissoras.
Segundo a Polícia Civil, o rapaz ouvido hoje --que usou o codinome Beta na gravação-- disse que a entrevista foi uma farsa. Ele afirmou que havia um roteiro --escrito em cartolina e colocado atrás das câmeras-- para a gravação.
De acordo com a polícia, os dois homens receberam R$ 150 para participar da entrevista. O outro homem que aparece na entrevista, de codinome Alpha, ainda não se apresentou à polícia. Ele foi identificado como Wagner Faustino da Silva.
A juíza Leila Paiva, da 10ª Vara Cívil Federal, decidiu hoje suspender a exibição do programa no próximo domingo (21). A emissora pode recorrer.
O Ministério das Comunicações abriu um processo de apuração de infração contra o SBT por causa da exibição da entrevista.
O apresentador Gugu Liberato, do SBT, deverá depor à Polícia Civil de São Paulo na próxima quinta-feira sobre o caso.
Barney
Apontado como responsável por intermediar a entrevista dos supostos criminosos com o programa "Domingo Legal", Hamilton Tadeu dos Santos, conhecido como Barney, se apresentou hoje à polícia.
Durante o trajeto até o Deic, no início da noite, Barney teve seu carro cercado na marginal Tietê por equipes de reportagem e pela polícia. Ele pediu desculpas pela confusão gerada pela exibição da entrevista.
Ele afirma que o único envolvimento que teve no episódio foi ceder uma arma para a produção do programa. "Meu equipamento [a arma] foi usada indevidamente. Se eu soubesse que era para isso eu não teria emprestado". Barney disse ter pensado que a arma seria usada em uma pegadinha.
Segundo o advogado Luiz Cesar Barão, Barney não participou das gravações, e a arma teria ficado com o produtor do programa Rogério Casagrande.
Para a polícia, Barney recebeu R$ 3.000 de Casagrande para preparar a cena da entrevista.
Desculpas
Gugu falou sobre o caso, pela primeira vez, na segunda-feira (15). Ele pediu desculpas nominalmente aos apresentadores José Luiz Datena (Band, que ligou e entrou ao vivo), Marcelo Rezende (Rede TV!) e Oscar Roberto de Godoy (Record), entre outros que foram ameaçados pelos supostos criminosos.
Apesar do pedido, Gugu tentou se eximir de qualquer responsabilidade no caso ao dizer que não assistiu à entrevista antes de colocá-la no ar. Toda a "culpa" foi dada ao repórter Wagner Maffezoli, responsável pela reportagem e que pode ter sido "enganado", conforme Gugu.
O apresentador esteve no programa de Hebe Camargo e, depois, por telefone, falou com Roberto Cabrini, da Bandeirantes. Segundo Gugu, Maffezoli lhe disse que os dois supostos criminosos foram apresentados a ele por uma fonte.
Leia mais
Polícia de SP quer ouvir Gugu Liberato na próxima quinta-feira
Justiça proíbe veiculação do "Domingo Legal" no próximo dia 21
Acusado diz que cedeu arma para entrevista com "PCC"
Polícia diz que entrevistado do Gugu é pagodeiro
Especial
Você ficou satisfeito com o pedido de desculpas do Gugu?
Entrevistado no "Domingo Legal" admite fraude, diz polícia
Publicidade
Policiais do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) ouviram hoje o depoimento de Antonio Rodrigues da Silva Filho, um dos homens encapuzados que apareceram em entrevista exibida pelo programa "Domingo Legal", do SBT, no último dia 7. Os supostos criminosos disseram integrar a facção criminosa PCC e fizeram ameaças a apresentadores de outras emissoras.
Segundo a Polícia Civil, o rapaz ouvido hoje --que usou o codinome Beta na gravação-- disse que a entrevista foi uma farsa. Ele afirmou que havia um roteiro --escrito em cartolina e colocado atrás das câmeras-- para a gravação.
De acordo com a polícia, os dois homens receberam R$ 150 para participar da entrevista. O outro homem que aparece na entrevista, de codinome Alpha, ainda não se apresentou à polícia. Ele foi identificado como Wagner Faustino da Silva.
A juíza Leila Paiva, da 10ª Vara Cívil Federal, decidiu hoje suspender a exibição do programa no próximo domingo (21). A emissora pode recorrer.
O Ministério das Comunicações abriu um processo de apuração de infração contra o SBT por causa da exibição da entrevista.
O apresentador Gugu Liberato, do SBT, deverá depor à Polícia Civil de São Paulo na próxima quinta-feira sobre o caso.
Barney
Apontado como responsável por intermediar a entrevista dos supostos criminosos com o programa "Domingo Legal", Hamilton Tadeu dos Santos, conhecido como Barney, se apresentou hoje à polícia.
Durante o trajeto até o Deic, no início da noite, Barney teve seu carro cercado na marginal Tietê por equipes de reportagem e pela polícia. Ele pediu desculpas pela confusão gerada pela exibição da entrevista.
Ele afirma que o único envolvimento que teve no episódio foi ceder uma arma para a produção do programa. "Meu equipamento [a arma] foi usada indevidamente. Se eu soubesse que era para isso eu não teria emprestado". Barney disse ter pensado que a arma seria usada em uma pegadinha.
Segundo o advogado Luiz Cesar Barão, Barney não participou das gravações, e a arma teria ficado com o produtor do programa Rogério Casagrande.
Para a polícia, Barney recebeu R$ 3.000 de Casagrande para preparar a cena da entrevista.
Desculpas
Gugu falou sobre o caso, pela primeira vez, na segunda-feira (15). Ele pediu desculpas nominalmente aos apresentadores José Luiz Datena (Band, que ligou e entrou ao vivo), Marcelo Rezende (Rede TV!) e Oscar Roberto de Godoy (Record), entre outros que foram ameaçados pelos supostos criminosos.
Apesar do pedido, Gugu tentou se eximir de qualquer responsabilidade no caso ao dizer que não assistiu à entrevista antes de colocá-la no ar. Toda a "culpa" foi dada ao repórter Wagner Maffezoli, responsável pela reportagem e que pode ter sido "enganado", conforme Gugu.
O apresentador esteve no programa de Hebe Camargo e, depois, por telefone, falou com Roberto Cabrini, da Bandeirantes. Segundo Gugu, Maffezoli lhe disse que os dois supostos criminosos foram apresentados a ele por uma fonte.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice