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24/09/2003
-
11h34
da Folha Online
O repórter Wagner Maffezoli e o produtor Rogério Casagrande, do programa "Domingo Legal", do SBT, devem ser ouvidos hoje pela Polícia Civil de São Paulo no inquérito que apura a exibição, no último dia 7, de entrevista com dois encapuzados que ameaçaram diversas personalidades.
O apresentador Gugu Liberato deverá prestar depoimento amanhã no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Hoje, ele não compareceu à audiência na Câmara dos Deputados, marcada para esta manhã para apurar o caso. O apresentador também faltou à audiência, ontem, na Assembléia Legislativa.
O advogado Adriano Salles Vanni ontem petição à polícia para evitar o indiciamento de Gugu. O delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, do Deic, negou o pedido.
Segundo o advogado, a intimação dizia que o apresentador deveria comparecer para "formal indiciamento". Vanni pretendia, com a petição, que seu cliente fosse, primeiro, ouvido.
De acordo com Vanni, o delegado quer indiciar Gugu baseado no artigo 16 da Lei de Imprensa. O artigo prevê punição para quem publicar ou divulgar notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados. Para o advogado, não está comprovado que Gugu sabia da fraude.
Apologia
Três pessoas que participaram na entrevista já foram indiciados pela polícia por apologia ao crime. O produtor Hamilton Tadeu dos Santos, o Barney, e os atores Wagner Faustino da Silva, o Alfa, e Antônio Rodrigues da Silva, o Beta, podem pegar até seis meses de prisão.
Segundo a polícia, Alfa e Beta --que aparecem encapuzados na matéria e dizem ser do PCC (Primeiro Comando da Capital)-- disseram ter recebido R$ 150 cada para participar da farsa. Os dois disseram que havia um roteiro --escrito em cartolinas-- com o texto que deveriam falar. Barney, conforme a polícia, foi o responsável por "encontrar" e contratar os entrevistados.
Justiça
Na última sexta-feira, a juíza da 10ª Vara Federal, Leila Paiva, suspendeu a exibição do programa por um dia, atendendo a pedido de procuradores. Ela também fixou multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
O SBT recorreu, mas teve o recurso negado pela presidente do TRF da 3ª Região. Advogados do SBT consideraram a decisão judicial um "ato de censura".
O SBT não exibiu o "Domingo Legal" no último dia 21. No horário do programa foram reprisados o Grammy Latino e o Troféu Imprensa.
A emissora e o apresentador Gugu Liberato deixaram de ganhar cerca de R$ 1 milhão com a proibição da exibição do "Domingo Legal". O maior prejuízo foi de Gugu. Pelo contrato que mantém com o SBT, o apresentador tem direito à receita de todas as ações de merchandising que faz dentro do programa.
Segundo executivos da emissora, Gugu faturava R$ 750 mil por programa com merchandising. Já o SBT fica com toda a receita das publicidades veiculadas no intervalo.
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Repórter e produtor do Gugu devem ser ouvidos hoje pela polícia
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O repórter Wagner Maffezoli e o produtor Rogério Casagrande, do programa "Domingo Legal", do SBT, devem ser ouvidos hoje pela Polícia Civil de São Paulo no inquérito que apura a exibição, no último dia 7, de entrevista com dois encapuzados que ameaçaram diversas personalidades.
O apresentador Gugu Liberato deverá prestar depoimento amanhã no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado). Hoje, ele não compareceu à audiência na Câmara dos Deputados, marcada para esta manhã para apurar o caso. O apresentador também faltou à audiência, ontem, na Assembléia Legislativa.
O advogado Adriano Salles Vanni ontem petição à polícia para evitar o indiciamento de Gugu. O delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, do Deic, negou o pedido.
Segundo o advogado, a intimação dizia que o apresentador deveria comparecer para "formal indiciamento". Vanni pretendia, com a petição, que seu cliente fosse, primeiro, ouvido.
De acordo com Vanni, o delegado quer indiciar Gugu baseado no artigo 16 da Lei de Imprensa. O artigo prevê punição para quem publicar ou divulgar notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados. Para o advogado, não está comprovado que Gugu sabia da fraude.
Apologia
Três pessoas que participaram na entrevista já foram indiciados pela polícia por apologia ao crime. O produtor Hamilton Tadeu dos Santos, o Barney, e os atores Wagner Faustino da Silva, o Alfa, e Antônio Rodrigues da Silva, o Beta, podem pegar até seis meses de prisão.
Segundo a polícia, Alfa e Beta --que aparecem encapuzados na matéria e dizem ser do PCC (Primeiro Comando da Capital)-- disseram ter recebido R$ 150 cada para participar da farsa. Os dois disseram que havia um roteiro --escrito em cartolinas-- com o texto que deveriam falar. Barney, conforme a polícia, foi o responsável por "encontrar" e contratar os entrevistados.
Justiça
Na última sexta-feira, a juíza da 10ª Vara Federal, Leila Paiva, suspendeu a exibição do programa por um dia, atendendo a pedido de procuradores. Ela também fixou multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
O SBT recorreu, mas teve o recurso negado pela presidente do TRF da 3ª Região. Advogados do SBT consideraram a decisão judicial um "ato de censura".
O SBT não exibiu o "Domingo Legal" no último dia 21. No horário do programa foram reprisados o Grammy Latino e o Troféu Imprensa.
A emissora e o apresentador Gugu Liberato deixaram de ganhar cerca de R$ 1 milhão com a proibição da exibição do "Domingo Legal". O maior prejuízo foi de Gugu. Pelo contrato que mantém com o SBT, o apresentador tem direito à receita de todas as ações de merchandising que faz dentro do programa.
Segundo executivos da emissora, Gugu faturava R$ 750 mil por programa com merchandising. Já o SBT fica com toda a receita das publicidades veiculadas no intervalo.
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