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23/09/2003 - 20h56

Advogado tenta evitar indiciamento de Gugu; delegado nega pedido

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da Folha Online

O advogado Adriano Salles Vanni apresentou hoje uma petição à Polícia Civil de São Paulo para evitar o indiciamento do apresentador Gugu Liberato, do SBT, por causa da exibição de uma entrevista com dois homens que disseram integrar o PCC. O delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, do Deic, negou o pedido.

O depoimento de Gugu aos policiais do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) está marcado para a próxima quinta-feira. Segundo o advogado, a intimação dizia que o apresentador deveria comparecer para "formal indiciamento". Vanni pretendia, com a petição, que seu cliente fosse, primeiro, ouvido.

Na entrevista, exibida no programa "Domingo Legal" do último dia 7, dois homens armados e encapuzados afirmaram integrar a facção criminosa e fizeram ameaças a diversas personalidades.

Gugu, a produção do programa e envolvidos na gravação são investigados. A Polícia Civil afirma que a entrevista foi uma farsa. Os entrevistados teriam recebido R$ 150 para participar da gravação.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, caso fique comprovado que Gugu sabia da farsa, ele será indiciado. Seu depoimento, na próxima quinta-feira, e as provas colhidas pela polícia até agora são decisivas para o indiciamento.

Pedido

De acordo com Vanni, o delegado quer indiciar Gugu baseado no artigo 16 da Lei de Imprensa. O artigo prevê punição para quem publicar ou divulgar notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados.

Para o advogado, não está comprovado que Gugu sabia da fraude. Com pedido negado hoje pelo Deic, o advogado deverá recorrer.

Apologia

Três pessoas que participaram da entrevista exibida pelo "Domingo Legal" foram indiciadas por apologia ao crime pela Polícia Civil de São Paulo.

Segundo o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt, se condenados, o produtor Hamilton Tadeu dos Santos, o Barney, e os atores Wagner Faustino da Silva, o Alfa, e Antônio Rodrigues da Silva, o Beta, podem pegar até seis meses de prisão.

Ontem, a polícia ouviu Alfa, que se apresentou ao Deic. Segundo a polícia, ele afirmou, assim como Beta, que a entrevista foi uma farsa montada pela produção de Gugu.

Os dois disseram, de acordo com a polícia, que havia um roteiro --escrito em cartolinas-- com o texto que deveriam falar. Eles teriam recebido R$ 150 para participar da entrevista.

O apresentador da Rede TV! Marcelo Rezende foi o alvo preferencial da produção, segundo Alfa. "O nome dele foi destacado várias vezes porque, segundo o Alfa, um produtor não gostava do apresentador", disse o diretor do Deic.

Depoimentos

O repórter Wagner Maffezoli e o produtor Rogério Casagrande serão novamente ouvidos amanhã. O objetivo da polícia é esclarecer contradições entre depoimentos dos envolvidos.

Com Agora São Paulo

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