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04/11/2003 - 05h32

Polícia sofre novos ataques em São Paulo

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da Folha Online

Novos ataques à polícia de São Paulo foram registrados na madrugada de hoje em diversos pontos da capital, Grande São Paulo e Baixada Santista. Uma delegacia na zona sul foi metralhada e outras duas bases da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foram alvos dos bandidos. Um suspeito foi morto e um PM e um guarda foram feridos.

No final da noite de ontem duas bases da GCM foram alvos de ataques. No Grajaú um grupo de aproximadamente cinco homens atacou a base localizada na rua São Caetano. De acordo com o Comando Sul da guarda, houve troca de tiros e um dos supostos criminosos identificado como Leandro Machado, 23, foi baleado e morreu no hospital. Nenhum guarda ficou ferido na ação.

No Jabaquara, homens estariam se exibindo realizando manobras com um carro nas proximidades da base localizada na Vila Guarani. Depois de chamar a atenção dos guardas eles teriam atirado e fugido em seguida.

No Capão Redondo, zona sul, um carro da Polícia Militar foi cercado e atacado por um grupo de cerca de quatro homens armados quando realizava uma ronda escolar na estrada de Itapecerica da Serra. A ação ocorreu por volta das 22h30. Um PM ficou ferido no braço e não corre risco de morte. Os bandidos fugiram em duas motos.

Ainda no Capão Redondo, a fachada do 47º Distrito Policial foi alvo de vários disparos de metralhadora feitos por um grupo de quatro homens que estavam num Santana vinho. Vários veículos que estavam estacionados no local foram atingidos. O carro usado na ação foi encontrado no município de Embu, na Grande São Paulo. Ninguém foi preso.

Na zona leste da capital um carro do 68º Distrito Policial, Jardim Lajeado, foi atingindo por uma bomba. Segundo policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), o veículo estava estacionado na garagem da casa de um investigador. Ninguém ficou ferido.

Baixada Santista e Grande São Paulo

Um carro do DIG (Departamento de Investigações Gerais) foi metralhado quando se aproximava da favela Morro do Índio, em Santos. De acordo com informações da policia, um grupo armado cercou o veículo e efetuou vários disparos. Nenhum policial ficou ferido no ataque.

No Jardim São Marcos, no município de Embu, na Grande São Paulo, um guarda civil municipal foi baleado no pé, após o carro onde estava ter sido atacado a tiros por três homens.

Ameaça

Após pedidos da polícia, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueou durante a madrugada duas ruas --uma na zona oeste e outra na zona sul. Policiais do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) teriam recebido uma ligação informando que o prédio localizado na rua Alvarenga, no Butantã, seria invadido por bandidos. O Denarc não confirmou o pedido, mas a CET interditou a rua.

O mesmo ocorreu com a rua Dom Luiz Lasagna onde fica o 17º Distrito Policial, do Ipiranga, que foi bloqueada com barreiras.

Atentados

Entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira outras dez bases da PM e uma da GCM foram alvo de atentados. Dois policiais militares morreram e outras sete pessoas ficaram feridas --cinco policiais e dois guardas civis. Ninguém foi preso.

Os ataques seriam uma represália dos presos contra o RDD (regime disciplinar diferenciado), afirma a Polícia Civil. Os detentos reivindicariam regalias.

Apesar de afirmar que os mandantes dos atentados já foram identificados, a polícia ainda não divulgou seus nomes e procura os suspeitos de executarem os ataques.

O RDD é adotado em três penitenciárias --em Presidente Bernardes, Taubaté e Avaré-- e estabelece normas mais rígidas e limita os direitos dos detentos. O regime, criado em 2001, é direcionado para líderes de facções criminosas, presos perigosos e indisciplinados.

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