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07/11/2003 - 09h45

Dois suspeitos de matarem policial em atentado são detidos

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da Folha Online

Dois suspeitos de envolvimento no assassinato do cabo da Polícia Militar Pedro Cassiano da Cunha, durante atentado contra a base comunitária do Tremembé, zona norte de São Paulo, foram detidos nesta madrugada.

Segundo a PM, após denúncia anônima, um adolescente foi encontrado na própria região do Tremembé com uma espingarda. O rapaz, segundo a polícia, confessou ter participado do atentado e acusou um outro colega, identificado como Carlos, que também foi detido com um fuzil.

Os dois disseram que um rapaz conhecido como Gê foi o responsável por atirar contra o policial. A dupla foi levada para o 73º DP (Jaçanã), onde será ouvida.

Outras 21 pessoas foram detidas nos últimos quatro dias suspeitas de participarem dos ataques contra as polícia Militar e Civil e a Guarda Civil Metropolitana. Os atentados, que começaram no último domingo, foram atribuídos pela polícia à facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ontem foi detido Willian José da Silva, 20, filho de José Ferreira da Silva, integrante do PCC, que está preso na penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos (Grande São Paulo). Segundo a polícia, ele foi responsável por atacar uma base da polícia na região do Parque do Carmo (zona leste).


Juca Varella/Folha Imagem
Alckmin visita posto da PM na zona sul de São Paulo
"Ronda"

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, percorreram nesta madrugada algumas bases da Polícia Militar localizadas nas zonas sul e central da capital.

Foram visitadas as bases do Morumbi, Jardim Ângela, M'Boi Mirim, Jardim Irene, Jardim Ranieri, Largo 13 de Maio, Praça da Sé, Praça do Patriarca, Hospital das Clínicas. Eles também visitaram o 102º Distrito Policial, da Capela do Socorro.

A "ronda" do governador e do secretário durou cerca de três horas e foi feita sob um forte aparato de segurança.

RDD

Os atentados seriam uma forma de integrantes do PCC pressionarem o governo contra o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), adotado nos presídios de Presidente Bernardes, Avaré e Taubaté, onde estão os líderes da facção. No RDD são impostas regras mais rígidas aos presos. Eles ficam em celas isoladas, não têm direito a visita íntima e só podem tomar banho de sol uma hora por dia.

Uma lista de reivindicações foi entregue pelo PCC à direção do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes (589 km de SP). No último dia 29, os presos Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Sandro Henrique da Silva Santos, o Gulu, líderes do PCC, pediram audiência com o diretor do presídio para entregar uma lista de exigências que modificam o funcionamento do RDD e ampliam a variedade de itens de limpeza, de higiene e, principalmente, de alimentos que eles podem receber dos familiares.

Entre os pedidos estão visita íntima uma vez ao mês, duas horas de banho de sol por dia, liberação de carta, rádio AM/FM, banho quente, além de diversos produtos de alimentação como rocambole, água de coco, leite condensado, mostarda e catchup.

Caso os pedidos não fossem atendidos em 30 dias, a organização daria início a "movimentos" dentro e fora das prisões. O RDD foi criado após a megarrebelião organizada pela facção criminosa em fevereiro de 2001, que atingiu 29 unidades prisionais.

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