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05/12/2003
-
19h32
da Folha Online
A dona-de-casa Valentina de Andrade, 72, acusada de liderar uma seita responsável pela castração e assassinato de meninos em Altamira (PA), foi absolvida dos crimes na tarde desta sexta-feira por seis votos contra 1.
A divulgação da sentença, lida pelo juiz Ronaldo Valle, causou tumulto dentro da sala do Júri, já que familiares das vítimas ficaram revoltados. Alguns saíram chorando. Valentina desmaiou ao ouvir a sentença.
O julgamento de Valentida durou 17 dias. Neste último dia a defesa da acusada alegou que não viu em nenhum momento a promotoria apresentar provas contundentes da participação de Valentina em cada um dos crimes.
O advogado Arnaldo Busato Filho apresentou ainda documentos constando que Valentina não se encontrava no município nos dias dos crimes. Entre os documentos estava uma declaração da polícia do Paraná, em que constava que a acusada havia comparecido a uma delegacia para se apresentar e prestar depoimento sobre envolvimento em outro crime praticado naquele Estado.
Por outro lado, antes da defesa se manifestar, a promotora Rosana Cordovil pediu aos jurados que Valentina fosse condenada. "Esqueçam as lágrimas de crocodilo derramadas nesse tribunal e pensem no sofrimento dessas mães traumatizadas que deixaram seus afazeres e estão aqui orando e clamando por Justiça."
Após a divulgação da sentença, cerca de 150 manifestantes protestaram em frente ao Tribunal de Justiça contra a absolvição de Valentina. Entre eles, havia militantes de organizações de defesa dos direitos humanos e parentes de vítimas da suposta seita.
Crimes
Valentina era a quinta e última suposta integrante do grupo a ser submetida ao júri popular, iniciado em 27 de agosto. Os outros quatro acusados foram condenados a penas que variam de 35 a 77 anos de prisão --e anunciaram que irão recorrer da decisão.
Os crimes ocorreram entre 1989 e 1993, envolvendo garotos de 8 a 14 anos. O Ministério Público responsabiliza o grupo por 19 crimes --incluindo a castração de nove meninos e o assassinato de seis deles--, mas só cinco casos foram levados a julgamento.
Valentina teve seu julgamento postergado três vezes seguidas por causa da troca sucessiva de advogados de defesa.
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Entenda o caso dos meninos mutilados em Altamira (PA)
Acusada de mutilar meninos no Pará é absolvida pelo júri
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A dona-de-casa Valentina de Andrade, 72, acusada de liderar uma seita responsável pela castração e assassinato de meninos em Altamira (PA), foi absolvida dos crimes na tarde desta sexta-feira por seis votos contra 1.
A divulgação da sentença, lida pelo juiz Ronaldo Valle, causou tumulto dentro da sala do Júri, já que familiares das vítimas ficaram revoltados. Alguns saíram chorando. Valentina desmaiou ao ouvir a sentença.
O julgamento de Valentida durou 17 dias. Neste último dia a defesa da acusada alegou que não viu em nenhum momento a promotoria apresentar provas contundentes da participação de Valentina em cada um dos crimes.
O advogado Arnaldo Busato Filho apresentou ainda documentos constando que Valentina não se encontrava no município nos dias dos crimes. Entre os documentos estava uma declaração da polícia do Paraná, em que constava que a acusada havia comparecido a uma delegacia para se apresentar e prestar depoimento sobre envolvimento em outro crime praticado naquele Estado.
Reuters |
Valentina de Andrade |
Após a divulgação da sentença, cerca de 150 manifestantes protestaram em frente ao Tribunal de Justiça contra a absolvição de Valentina. Entre eles, havia militantes de organizações de defesa dos direitos humanos e parentes de vítimas da suposta seita.
Crimes
Valentina era a quinta e última suposta integrante do grupo a ser submetida ao júri popular, iniciado em 27 de agosto. Os outros quatro acusados foram condenados a penas que variam de 35 a 77 anos de prisão --e anunciaram que irão recorrer da decisão.
Os crimes ocorreram entre 1989 e 1993, envolvendo garotos de 8 a 14 anos. O Ministério Público responsabiliza o grupo por 19 crimes --incluindo a castração de nove meninos e o assassinato de seis deles--, mas só cinco casos foram levados a julgamento.
Valentina teve seu julgamento postergado três vezes seguidas por causa da troca sucessiva de advogados de defesa.
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