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11/03/2004 - 20h46

Grevistas da PF apreendem 44 kg de cocaina em Santos

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FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

Uma equipe de 12 grevistas da Polícia Federal efetuou nesta quinta-feira em Santos e no Guarujá uma apreensão de 44 kg de cocaína, três pistolas automáticas, quatro veículos e a prisão de quatro pessoas acusadas de traficar a droga.

Os agentes atuaram no caso autorizados por uma assembléia da categoria, que aprovou a designação de um grupo para concluir o trabalho de investigação, iniciado há pelo menos seis meses.

Uma parte da droga (21 kg) foi apreendida em Santos, quando era transferida do porta-malas de um carro para o de outro. Interrogados, os presos informaram haver outros 23 kg em uma casa no Guarujá, onde também foram apreendidas as armas.

"Estamos em greve, mas cumprimos a lei. Não vai passar traficante na nossa frente sem a gente prender", afirmou Carlos Nunes, porta-voz do comando de greve em Santos.

Apesar disso, ele afirmou que operações do gênero não vão mais se repetir enquanto durar a paralisação. "As investigações pararam. Corre-se o risco de se perderem todas as operações já iniciadas de combate ao tráfico e, quando a greve terminar, sermos obrigados a reiniciar tudo do zero", declarou.

O delegado Cássio Luís Guimarães Nogueira disse que, nesse caso específico, houve um acordo entre o comando de greve e o diretor da PF em Santos, Ariovaldo Peixoto dos Anjos, que pediu a intervenção dos agentes.

"Havia não só o risco de perder o trabalho já feito, como de gerar conseqüências sérias, caso se deixasse passar um carregamento de droga", afirmou.

Segundo ele, as características da ocorrência indicam uma movimentação nacional da cocaína apreendida, não havendo evidências de uma operação de tráfico internacional. Por isso, o caso será encaminhado à Justiça estadual e não à federal.

Os quatro presos decidiram só prestar depoimentos oficialmente em juízo. Eles foram levados para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de São Vicente.

Minas

Em Minas Gerais, os policiais federais aderiram efetivamente à greve da categoria hoje, após indicativo de 48 horas.

Para marcar o início da paralisação no Estado, policiais organizaram, em frente à sede da Superintendência Regional da PF em Minas, em Belo Horizonte, ato público de deposição de armas.

Na cerimônia, os grevistas montaram uma tenda, soltaram fogos de artifício e reproduziram os hinos nacional e da corporação. As armas entregues ficarão retidas em cofre da Superintendência Regional até o fim do movimento.

Hoje, apenas pessoas com passagens marcadas para os cinco dias seguintes foram atendidas pelo serviço de emissão de passaportes.

Colaborou PAULO PEIXOTO, da Agência Folha, em Belo Horizonte

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