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21/03/2004 - 22h24

SOS Mata Atlântica avalia os 12 anos do Projeto Tietê

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da Folha Online

Nesta segunda-feira (22), Dia Mundial da Água, a Fundação SOS Mata Atlântica lança o livro "Observando o Tietê", que traz informações e curiosidades sobre o programa de monitoramento das águas e avalia os 12 anos do projeto de despoluição do rio Tietê.

Iniciado em 1992, depois da coleta de mais de 1,2 milhão de assinaturas pela recuperação do rio, o Projeto Tietê é considerado o maior programa de despoluição e saneamento em prática no mundo.

De acordo com o diretor de relações institucionais da SOS Mata Atlântica, Mário César Mantovani, 49, a participação da fundação como fiscalizadora do projeto foi fundamental para que o programa desse continuidade.

"Nós estamos participando da parte institucional. Conhecemos toda a infra-estrutura do projeto, onde está cada cano, quais são as empreiteiras responsáveis, onde foi investido o dinheiro. É totalmente diferente do projeto de despoluição da baía de Guanabara, no Rio, que não deu certo", afirmou.

A intenção do livro também é mostrar um pouco da trajetória do rio ao longo da história, a trajetória do programa, da fiscalização e mostrar à população como ela pode contribuir.

"O projeto abrange não só o Tietê, mas cerca de 150 rios e córregos na região metropolitana e a gente tem que ficar de olho. Cuidar das águas é o mínimo para se viver com harmonia."

Despoluição

Durante este tempo, segundo Mantovani, já pôde ser vista uma diminuição na mancha de poluição no médio Tietê. Além disso, também foi notada uma mudança no comportamento da população. "O que adianta tirar lixo do fundo do Rio, ampliar a calha, se todos continuarem a jogar lixo no rio. Por isso, também temos que realizar a conscientização das pessoas", disse.

Uma curiosidade do projeto diz respeito às indústrias. De acordo com Mantovani, dos R$ 2,6 bilhões estimados para serem gastos com o projeto ao longo de 30 anos, R$ 500 milhões seriam destinados a barrar a poluição gerada pelas indústrias.

"Só que as indústrias anteciparam todos os cronogramas e foram as primeiras a deixar de poluir. Hoje, elas devolvem ao rio água mais limpa do que retiram", disse Mantovani.

Segundo a assessoria de imprensa do Projeto Tietê, o programa conseguiu evitar durante estes 12 anos que 550 milhões de litros de esgoto por segundo fossem despejados no rio. Até o final do próximo ano, a meta é evitar que mais 300 milhões de litros de esgoto por segundo sejam despejados nas águas do Tietê.

Atualmente o esgoto coletado em 32 municípios da região metropolitana de São Paulo é encaminhado para cinco estações de tratamento, que recebem cerca de 12 mil litros de dejetos por segundo.

O rio

O rio Tietê nasce na cidade de Salesópolis (97 km a leste de SP, na serra do Mar). Em vez de correr para o litoral, como é mais comum, ele se dirige para o interior do Estado passando por uma das regiões mais populosas do país, a Grande São Paulo, onde recebe toneladas de poluentes.

Já na capital, o Tietê continua recebendo a poluição de rios e córregos que deságuam nele, como o Pinheiros, até deixar a região metropolitana. A partir de então a poluição vai se dissipando e o rio volta a ser limpo em Itu (103 km a noroeste).

Depois de Itu o rio segue seu caminho até a divisa entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde deságua no rio Paraná.

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