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23/03/2004
-
21h23
da Folha Online
Os passageiros de vôos nacionais e internacionais voltaram a sofrer com filas e atrasos devido à "operação padrão" implantada pelos agentes da Polícia Federal, em greve desde o último dia 9.
O comando de greve da PF informou nesta terça-feira que todos os aeroportos do país já estão funcionando com a "operação padrão", uma fiscalização rigorosa de todos os passageiros.
No aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos), os vôos saíram com cerca de uma hora de atraso. O mesmo aconteceu no aeroporto internacional do Galeão, no Rio.
Porém, em São Paulo, os passageiros chegaram a enfrentar três horas de fila. Durante a noite, mais de 700 pessoas aguardavam para embarcar as bagagens.
No Rio Grande do Sul, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) informou que pelo menos quatro vôos --sendo três domésticos-- sofreram atrasos de cerca de 30 minutos.
Os grevistas haviam prometido implantar a "operação padrão" também nos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (Rio), que fazem apenas vôos domésticos, o que não aconteceu.
Greve
Policiais federais e governo não conseguiram chegar a um acordo na reunião entre as duas partes que aconteceu nesta terça-feira, em Brasília. O governo ofereceu aos grevistas um reajuste de 10%, que desagradou aos policiais federais.
'Nem se fosse oferecido um aumento de 100%, nós aceitaríamos. Não queremos aumento, queremos o cumprimento da lei', declarou o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto.
Garisto reafirmou a reivindicação de agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais), que pedem o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.
Já a Federação afirma que os agentes nunca ganharão o mesmo que seus superiores por causa da diferença de comissão. Os delegados ganham 30% por Indenização de Habilitação de Policial Federal. O restante recebe 10%.
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Os passageiros de vôos nacionais e internacionais voltaram a sofrer com filas e atrasos devido à "operação padrão" implantada pelos agentes da Polícia Federal, em greve desde o último dia 9.
O comando de greve da PF informou nesta terça-feira que todos os aeroportos do país já estão funcionando com a "operação padrão", uma fiscalização rigorosa de todos os passageiros.
No aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos), os vôos saíram com cerca de uma hora de atraso. O mesmo aconteceu no aeroporto internacional do Galeão, no Rio.
Porém, em São Paulo, os passageiros chegaram a enfrentar três horas de fila. Durante a noite, mais de 700 pessoas aguardavam para embarcar as bagagens.
No Rio Grande do Sul, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) informou que pelo menos quatro vôos --sendo três domésticos-- sofreram atrasos de cerca de 30 minutos.
Os grevistas haviam prometido implantar a "operação padrão" também nos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (Rio), que fazem apenas vôos domésticos, o que não aconteceu.
Greve
Policiais federais e governo não conseguiram chegar a um acordo na reunião entre as duas partes que aconteceu nesta terça-feira, em Brasília. O governo ofereceu aos grevistas um reajuste de 10%, que desagradou aos policiais federais.
'Nem se fosse oferecido um aumento de 100%, nós aceitaríamos. Não queremos aumento, queremos o cumprimento da lei', declarou o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto.
Garisto reafirmou a reivindicação de agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais), que pedem o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. Assim, um agente e um delegado ganhariam o mesmo.
O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.
O ministério diz ainda que agentes, escrivães e papiloscopistas teriam o salário elevado de R$ 4.199 para R$ 7.788, equiparando-se aos delegados, o que representaria um impacto de cerca de R$ 600 milhões anuais na folha da União.
Já a Federação afirma que os agentes nunca ganharão o mesmo que seus superiores por causa da diferença de comissão. Os delegados ganham 30% por Indenização de Habilitação de Policial Federal. O restante recebe 10%.
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