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06/05/2004 - 16h52

Senado pode intermediar negociações para o fim da greve da PF

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da Folha Online

O presidente da Subcomissão de Segurança Pública do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), propôs nesta quinta-feira, durante audiência da qual participou o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Francisco Garisto, que os policiais federais retornassem imediatamente ao trabalho para que as negociações com o governo fossem reabertas. Segundo Jereissati, a greve já começa a dar "sinais de esgotamento".

Em troca, disse, a subcomissão, por meio do senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC) e da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), passaria a intermediar as negociações dos grevistas com o governo. Segundo a Agência Senado, policiais federais que estavam no plenário aplaudiram de pé a proposta.

Volta ao trabalho

Quatro das 23 unidades da federação que já realizaram assembléias nesta quinta-feira para decidir se suspendem ou não a greve da Polícia Federal decidiram continuar a paralisação.

Outras 19 unidades aprovaram a recomendação do comando de greve de suspender o movimento por três dias a partir de segunda-feira. Até o início da tarde desta quinta-feira, cinco unidades ainda não haviam comunicado suas decisões à Fenapef.

Amazonas, Bahia, Alagoas e Mato Grosso do Sul decidiram que a paralisação das atividades não vai ser suspensa.

Salário

Durante a audiência, Garisto reafirmou a principal reivindicação dos grevistas, de equiparação do salário-base de escrivães, agentes e papiloscopistas ao de delegados e peritos.

O salário-base dos delegados, de acordo com tabela do Ministério do Planejamento, é, em início de carreira (segunda classe), R$ 467,54. O dos grevistas, pela mesma tabela, é R$ 250,46. O aumento seria de 86,67%.

O salário inicial, no entanto, é acrescido de uma série de gratificações. Se não houver alteração destas gratificações, o salário inicial das categorias em greve pode ir de R$ 4.200 para R$ 7.800, igual ao de delegados, um aumento de 85,71%.

Tiro no pé

Garisto fez ainda uma avaliação sobre a "operação padrão" da PF. "Demos um tiro no pé. Se depender de mim, esse ato não vai se repetir", disse. "Toda greve causa transtorno. Mas, no nosso caso, o transtorno é para a classe média alta, que tem como chiar. Talvez se fosse na rodoviária, ninguém chiaria."

Agentes, escrivães e papiloscopistas (especialistas em impressões digitais) da PF estão em greve desde 9 de março.

A categoria reivindica o pagamento de salário equivalente a escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na lei 9.266/96 que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF.

O Ministério da Justiça alega que não há base jurídica para o pleito dos grevistas, uma vez que a lei, ao mesmo tempo que impõe a obrigatoriedade de um curso superior, estabelece uma tabela específica para os vencimentos.

A Fenapef contesta, dizendo que a tabela do Ministério do Planejamento diz, expressamente, que os salários atuais das categorias são de nível intermediário.

Com Agência Brasil e Agência Senado

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