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07/05/2004 - 20h02

Vítima de naufrágio sobrevive agarrado a equipamento da embarcação

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

O pescador Nivaldo Junior dos Reis, 28, sobreviveu a um naufrágio ocorrido na madrugada da última quinta-feira em Cananéia, litoral sul de São Paulo, agarrado a um material que estava no barco e que usou como bóia. Segundo o coronel Celso Carlos de Camargo, coordenador Estadual da Defesa Civil, ele se agarrou a uma "bombona", equipamento que serve para armazenar combustível ou água.

O rapaz, resgatado na tarde desta sexta-feira, estaria sem o colete salva-vidas. Ele foi encontrado por um barco que auxilia as buscas, a cerca de 60 km do local do naufrágio. Levado ao barco dos bombeiros, o pescador foi transferido para o pronto-socorro de Ilha Comprida pelo helicóptero Águia, da PM.

Além de hipotermia, Reis tinha o braço enrijecido. "Ele ficou muito tempo segurando a 'bombona'", disse Camargo. O pescador não corre risco de morte.


Defesa Civil do Estado
Equipes resgatam vítima de naufrágio no litoral de SP
Outras três pessoas permanecem desaparecidas. O pescador Jocílio da Costa, que era mestre do barco que naufragou e também sobreviveu, voltou ao mar nesta sexta-feira para ajudar as equipes de resgate a localizar seus colegas. A atitude de Costa deixou os bombeiros surpresos e admirados.

Costa conseguiu se salvar nadando, por aproximadamente 16 horas, até a Praia de Pedrinhas, em Ilha Comprida. Ele foi levado para o pronto-socorro da cidade com hipotermia e, depois, liberado.

Segundo o coordenador Estadual da Defesa Civil, o motivo do acidente foi o mar agitado, com fortes ondas, provocadas pela presença de um frente fria na região. A formação de um ciclone extratropical no Sul do país também pode ter contribuído. "Ele [Costa] disse que o mar estava agitado e que uma onda alta fez com que a embarcação naufragasse", disse.

Buscas

Além de pescadores que auxiliam os trabalhos, participam das buscas bombeiros e militares da Marinha --que estão distribuídos em botes e em dois navios. Policiais militares e homens da Aeronáutica sobrevoam a área em dois helicópteros.

A Defesa Civil conta, ainda, com uma estação meteorológica móvel, para informar as condições do tempo durante as buscas.

De acordo com Camargo, apesar de os helicópteros suspenderem os trabalhos durante a noite, o navio permanece no mar para tentar localizar as vítimas. "Mas os trabalhos ficam prejudicados pela falta de visibilidade à noite", disse.

Alertas

A embarcação havia deixado Cananéia na última segunda-feira e atracaria na costa da ilha do Bom Abrigo dois dias depois.

Desde o começo da semana, a Defesa Civil emite alertas para que o alto-mar seja evitado. Além de uma frente fria, associada a um sistema de baixa pressão atmosférica, as condições para a formação de um ciclone extratropical no Sul preocupam as autoridades. Os reflexos, no litoral paulista, são mar agitado e ondas altas.

O coordenador da Defesa Civil afirma que as atividades náuticas devem evitadas ainda neste final de semana.

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