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02/06/2004
-
03h14
da Folha de S.Paulo, no Rio
O secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, reconheceu ontem que o "improviso" do governo do Estado favoreceu a rebelião na Casa de Custódia de Benfica (zona norte). Segundo ele, a presença do pastor Marcos Pereira da Silva evitou que a polícia invadisse o presídio, o que poderia ter resultado em um massacre parecido com o do Carandiru, em São Paulo.
Santos classificou como "improviso" o fato de o Estado ter transferido quase 900 presos para a casa de custódia ainda em obras e sem agentes penitenciários concursados. Desde sua inauguração, o presídio funcionava com cooperativados, a maioria ex-PMs, sem formação profissional.
Porém, segundo o secretário, as condições na prisão eram melhores do que as dos locais onde os presos estavam antes.
"Eu sei que não era o ideal, mas era o real. Posso garantir que Benfica é muito mais seguro do que a carceragens das delegacias de Ricardo de Albuquerque, da Polinter [Polícia Interestadual], da 73ª DP e da 76ª DP, em Niterói e São Gonçalo, onde estavam esses presos", afirmou.
O secretário manteve suas críticas ao subsecretário de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, ao dizer que Benfica, por ser uma região residencial, não seria o local adequado para o presídio. "Pergunte às diretoras das escolas que circundam a casa de custódia se elas acham aquilo seguro."
Na segunda-feira, Santos e Itagiba trocaram acusações em entrevistas à rádio CBN. A discussão levou a governadora Rosinha Matheus a convocar uma reunião entre os dois e o secretário de Segurança, Anthony Garotinho, para contornar a crise.
O secretário negou que a chacina de pelo menos 30 presos tenha sido causada pela disputa entre facções criminosas rivais e disse que desavenças pessoais entre 187 presos ameaçados de morte, recentemente transferidos para o presídio, causaram o massacre.
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"Improviso" ajudou rebelião na Casa de Custódia de Benfica , diz secretário
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O secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, reconheceu ontem que o "improviso" do governo do Estado favoreceu a rebelião na Casa de Custódia de Benfica (zona norte). Segundo ele, a presença do pastor Marcos Pereira da Silva evitou que a polícia invadisse o presídio, o que poderia ter resultado em um massacre parecido com o do Carandiru, em São Paulo.
Santos classificou como "improviso" o fato de o Estado ter transferido quase 900 presos para a casa de custódia ainda em obras e sem agentes penitenciários concursados. Desde sua inauguração, o presídio funcionava com cooperativados, a maioria ex-PMs, sem formação profissional.
Porém, segundo o secretário, as condições na prisão eram melhores do que as dos locais onde os presos estavam antes.
"Eu sei que não era o ideal, mas era o real. Posso garantir que Benfica é muito mais seguro do que a carceragens das delegacias de Ricardo de Albuquerque, da Polinter [Polícia Interestadual], da 73ª DP e da 76ª DP, em Niterói e São Gonçalo, onde estavam esses presos", afirmou.
O secretário manteve suas críticas ao subsecretário de Segurança Pública, Marcelo Itagiba, ao dizer que Benfica, por ser uma região residencial, não seria o local adequado para o presídio. "Pergunte às diretoras das escolas que circundam a casa de custódia se elas acham aquilo seguro."
Na segunda-feira, Santos e Itagiba trocaram acusações em entrevistas à rádio CBN. A discussão levou a governadora Rosinha Matheus a convocar uma reunião entre os dois e o secretário de Segurança, Anthony Garotinho, para contornar a crise.
O secretário negou que a chacina de pelo menos 30 presos tenha sido causada pela disputa entre facções criminosas rivais e disse que desavenças pessoais entre 187 presos ameaçados de morte, recentemente transferidos para o presídio, causaram o massacre.
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