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22/09/2004 - 19h31

DHPP ouve PM suspeito de ataques contra moradores de rua em SP

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LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online

Suspeito de envolvimento nos ataques ocorridos em agosto contra moradores de rua de São Paulo, o soldado Marcos Martins Garcia foi ouvido nesta quarta-feira pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

O depoimento ocorreu na Corregedoria da Polícia Militar. O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira preferiu ouvir Garcia em declarações, para traçar um perfil do suspeito, antes de realizar o interrogatório formal.

Além de Garcia, o soldado Jayner Aurélio Porfírio também é suspeito pelos ataques ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto e que deixaram sete moradores de rua mortos. Os dois PMs tiveram, no último dia 16, a prisão temporária decretada por 30 dias.

A expectativa é que Porfírio seja ouvido pela Polícia Civil nesta quinta-feira.

Outro suspeito

Na terça, o DHPP interrogou o segurança Manoel Alves Tenório, que cumpre prisão temporária desde o último dia 16, por dez dias, também sob suspeita de envolvimento nos ataques.

O segurança negou envolvimento no caso.

Tráfico

Na semana passada, o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, atribuiu os ataques ao tráfico de crack na região central. Os PMs suspeitos seriam comandantes de um esquema de segurança clandestina e teriam envolvimento com drogas.

Há suspeitas de que os alvos dos criminosos eram alguns moradores de rua que sabiam do envolvimento dos PMs com as drogas, e o objetivo seria cobrança de dívidas ligadas ao tráfico ou "queima de arquivo". No entanto, para atrasar as investigações, outros moradores de rua da região também foram agredidos.

Segurança privada

A Polícia Federal de São Paulo vai apurar a atuação de empresas de segurança privada na região central de São Paulo, a pedido da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Para o chefe da Ouvidoria da Cidadania --órgão da secretaria--, Pedro Montenegro, as investigações podem colaborar para desvendar os crimes cometidos contra moradores de rua da cidade e apurar a suposta participação de policiais em empresas de segurança privada.

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