Empresas
que não adotarem normas de condutas vão falir
Conduta transparente
em relação aos clientes e preocupação
ambiental são mais do que preocupações éticas
das empresas. Essas posturas se tornaram fundamentais para sobreviverem
no mercado. É o que sustentam os pesquisadores americanos
O.C. Ferrell e John Fraedrich no livro "Ética Empresarial:
Dilemas, Tomadas de Decisão e Casos".
Recém-lançada
no Brasil, a obra garante que agir de forma transparente é
tão importante hoje quanto praticar bons preços. Segundo
os autores, as empresas que não rezam por essa nova cartilha
estão arriscadas a perder metade dos clientes em cinco anos,
metade dos funcionários em quatro e metade dos investidores
em menos de um ano.
O livro lista
quinze exemplos de escorregões éticos cometidos por
grandes companhias nos últimos anos. Uma das situações
foi o derramamento de óleo do petroleiro Exxon Valdez, no
Alaska, em 1989, considerado o mais grave acidente ambiental dos
últimos tempos. No primeiro momento, a Exxon tentou minimizar
os efeitos do vazamento. Quando perceberam que era impossível
varrer para baixo do tapete o saldo da catástrofe, a empresa
prometeu limpar os 2 mil quilômetros atingidos. A área
apresenta sinais de sujeira até hoje.
Por causa de
episódios como esse, têm crescido os investimentos
das empresas na elaboração de manuais de conduta,
na contratação de consultores especializados e no
treinamento de funcionários.
No Brasil, a
história não é diferente. Elaborado pela Fundação
Getúlio Vargas, o ranking que avalia as companhias de acordo
com seu desempenho no campo da ética dos negócios
mostrou que as multinacionais já possuem essa visão.
A média das vinte corporações analisadas, que
recebem notas de 0 a7, foi de 5,3 - entre regular e bom.
Esse maior comprometimento
deve-se, em parte, ao fato de que a lei ambiental está ficando
mais rigorosa no Brasil. Segundo reportagem do jornal O Estado de
S.Paulo do dia 07 de maio, um dos pontos mais importantes foi a
criação da responsabilidade objetiva. Por essa figura
jurídica, não há necessidade de demonstrar
a existência de culpa por dano ambiental - havendo contaminação,
o poluidor é automaticamente declarado responsável.
"As empresas
estão mais responsáveis porque poluir ficou caro e
perigoso. Mexe no bolso das empresas e seus donos podem para na
cadeia", atesta o advogado Fernando Tabet, ouvido pelo jornal.
Com informações da Veja
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