IBGE:
29% da população não pode ser considerada mercado
consumidor
Com uma renda
inferior a R$ 76 mensais, 29% dos brasileiros simplesmente não
têm condições de participar do mercado consumidor.
É o que aponta cálculos do IBGE, divulgados esta semana
no jornal Valor (http://www.valor.com.br).
Economistas entrevistados pelo jornal garantem: há formas
de combater a desigualdade, impulsionar o crescimento da economia
e recolocar essa população de volta ao mercado consumidor.
Entretanto, o governo deve desenvolver um novo foco em suas políticas
públicas.
O economista
Marcelo Néri, por exemplo, acredita que o poder público
deve amparar também os trabalhadores informais e os autônomos."Todas
as políticas públicas são voltadas para o trabalhador
formal, quando na realidade são os informais que formam o
grande contingente de pobres e indigentes", argumenta.
Além
disso, tanto Néri quanto Sérgio Besserman Vianna,
presidente do IBGE, concordam que a educação é
a alavanca para o desenvolvimento do país e o instrumento
principal para reduzir as desigualdades. Segundo Vianna, a medida
em que o governo dá acesso ao conhecimento, à informação
e às oportunidades no mercado de trabalho, está garantindo
renda aos futuros profissionais.
Para o economista
Ricardo Henriques, da Diretoria dos Estudos Sociais do Ipea (Instituto
de Economia Aplicada), os caminhos para erradicar a pobreza passam
pela redistribuição de terras, de renda e de riqueza,
acesso a crédito e educação universal de qualidade.
Os especialistas
concordam também em outro ponto: a desigualdade na distribuição
de renda nacional não será resolvida nem a curto nem
a médio prazo, em investimentos em educação,
que reconhecem como fundamentais.
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