Quem
atira a primeira pedra em Roseana?
Uma das
explicações para a montanha de dinheiro encontrada
na Lunus, de Rosena Sarney e Jorge Murad, é que era
caixa 2 da campanha eleitoral. Empresários teriam feito
doações clandestinas e, para burlar os controles
bancários, teriam passado dinheiro vivo.
Como até
agora nenhuma explicação sobre por que uma empresa
teria tanto dinheiro em caixa, qualquer especulação
é possível.
Mas a
verdade é que se os candidatos tivessem vasculhadas
suas contas, descobrindo-se como entra e sai o dinheiro de
financiamento eleitoral, poucos (e acho que estou sendo otimista
ao dizer "poucos", talvez fosse melhor falar em
raros) deles escapariam ilesos. Será que Serra, Garotinho,
Ciro Gomes e mesmo Lula poderiam atirar a primeira pedra?
A verdade
é que os fundos de campanha e a transparência
ainda não combinam. Basta ver a riqueza das campanhas
e o orçamento oficial apresentado.
No caso
de Roseana Sarney, a polícia parece ter atirado no
que viu e acertado no que não viu. O problema dela
é que nunca um político foi flagrado com tanto
dinheiro vivo nas mãos. Num país em que basta
ser político para estar sob suspeita, imagina-se o
efeito devastador da foto daquela montanha de dinheiro.
Não
é à toa que, discretamente, muito discretamente,
políticos do PFL dizem que a melhor saída de
Roseana seria criar um pretexto para abandonar a candidatura,
antes que a vida dela e a do partido se torne um inferno.
|
|
|
Subir
|
|
|