Desaceleração
econômica afeta empregos na indústria paulista
A desaceleração econômica está batendo
com mais força na indústria de São Paulo. Resultado:
em um ano são 56.152 empregos a menos, aumento da ociosidade
nas fábricas e menor poder de compra, o que levou o índice
de consumo de volta aos níveis de 1999. Pior: a Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revê
para baixo previsão de crescimento neste ano - que já
havia caído de 3% para 2%, está sendo novamente reestimada.
Segundo a entidade, a indústria costuma a recuperar vagas
em junho, preparando-se para o aumento da produção
no segundo semestre. Não foi o que aconteceu no mês
passado, quando a pesquisa da Fiesp "captou integralmente o
período de turbulência no mercado". Segundo a
entidade, se terminarmos o ano recuperando os postos de trabalho
perdidos no primeiro semestre, já vai ser muito bom. Nesse
sentido, recupera-se um pouco de renda e gira-se a roda do consumo,
em vez de piorar.
Enquanto isso não acontece, o esfriamento do mercado de
trabalho paulista afugentou os migrantes que viam o Estado como
um lugar de novas oportunidades. Levantamento elaborado pela Fundação
Getúlio Vargas mostra que apenas 0,15% da população
de São Paulo veio para cá no último ano - um
quarto da média nacional. Traduzindo: há pouco mais
de dois anos, quase 70 mil pessoas desembarcavam em São Paulo
para ganhar a vida, hoje esse número não chega sequer
à metade (26.023).
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