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Dia 15.07.02

 

Micro e pequenas empresas não têm controle de custos, aponta pesquisa

A falta de controle dos custos, especialmente da folha de pagamentos e dos estoques de matéria-prima, tem tido grande participação na queda do faturamento das micro e pequenas empresas. Foi o que descobriram os coordenadores da Pesquisa de Conjuntura das Micro e Pequenas Empresas (MPE) do Estado de São Paulo (Pecompe) do Sebrae, Marco Aurélio Bedê e Pedro João Gonçalves.

É verdade que a conjuntura econômica não ajuda. O dólar disparou, as taxas de juros estão nas alturas, a renda e o emprego da população em baixa. Estes são, efetivamente, os principais fatores para a queda do faturamento das micro e pequenas empresas, apontado na Pecompe. Desde meados de 2001, a curva do faturamento vem em baixa, e só agora mostra alguma tendência de reversão.

Segundo Gonçalves, 86% do universo de micro e pequenas empresas pesquisadas pelo Sebrae simplesmente não tinham noção clara da estrutura de custos. Quando se trata de folha de pagamento dos funcionários, 64% dos entrevistados revelaram que seu controle de gastos era terceirizado em firmas de contabilidade. Na opinião de Marco Aurélio Bedê, "essa falta de um controle mais apurado dos custos pode, inclusive, comprometer a própria sobrevivência dessas empresas, em especial em uma conjuntura econômica difícil, com retração das vendas, como a que algumas delas atravessam atualmente".

Leia mais:
- Controle de custos é uma arma contra a queda no faturamento

 

 
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Controle de custos é uma arma contra a queda no faturamento

A falta de controle dos custos, especialmente da folha de pagamentos e dos estoques de matéria-prima, tem tido grande participação na queda do faturamento das micro e pequenas empresas. Foi o que descobriram os coordenadores da Pesquisa de Conjuntura das Micro e Pequenas Empresas (MPE) do Estado de São Paulo (Pecompe) do Sebrae, Marco Aurélio Bedê e Pedro João Gonçalves.

É verdade que a conjuntura econômica não ajuda. O dólar disparou, as taxas de juros estão nas alturas, a renda e o emprego da população em baixa. Estes são, efetivamente, os principais fatores para a queda do faturamento das micro e pequenas empresas, apontado na Pecompe. Desde meados de 2001, a curva do faturamento vem em baixa, e só agora mostra alguma tendência de reversão.

Na última compilação, referente ao mês de maio, a Pecompe mostrou que o faturamento médio das MPEs já caiu 23,5% em termos nominais no confronto com os dados de maio de 2001. Em comparação a abril, ficou praticamente igual, com uma pequena variação positiva de 0,1%. A queda foi mais expressiva entre as pequenas indústrias, que reduziram seu faturamento em 3,8%, vindo em seguida os serviços, com queda de 0,6%.

No comércio houve um aumento do faturamento em 2,8%. Segundo os coordenadores, o resultado positivo do comércio foi influenciado por "fatores sazonais", basicamente o desempenho das vendas por conta do Dia das Mães, efeito que já havia favorecido a indústria em abril. "A queda verificada entre maio de 2001 e maio de 2002 está associada às taxas de juros elevadas e à redução da renda real média das pessoas ocupadas", sustentam os coordenadores.

Os pesquisadores, porém, desconfiaram que não era um problema só de conjuntura. Resolveram então aprofundar alguns aspectos da Pecompe para descobrir porque as pequenas e micro empresas estavam perdendo dinheiro. E descobriram que elas não têm idéia de como se formam seus custos mais importantes.

"A Pecompe vinha mostrando que o faturamento das empresas estava crescendo muito lentamente, mesmo em fases melhores da economia. Começamos a desconfiar que não era só por causa da economia", conta Pedro Gonçalves. "Resolvemos então fazer um estudo exploratório, colocando questões sobre o processo de formação de preços e apuração dos custos".

Segundo Gonçalves, as respostas surpreenderam: 86% do universo de micro e pequenas empresas pesquisadas pelo Sebrae simplesmente não tinham noção clara da estrutura de custos. "Em geral elas seguem a concorrência, ou seja, elas formam preço olhando para os preços uns dos outros. Mas não conhecem os principais mecanismos de controle", afirmou o pesquisador.

Alguns dos mais fortes sinais de que os microempresários não controlam direito seus custos, segundo Gonçalves, foram encontrados na gestão de pessoal e de estoques. Em pesquisas anteriores, o Sebrae já constatava que o custo de matéria-prima responde por 75% da despesa no comércio, 53% na indústria e 19% nos serviços. O gasto com pessoal representa 11% no comércio, 24% na indústria e 56% nos serviços.

"Entre 65% dos entrevistados, o próprio dono do negócio é quem faz o controle de matérias-primas. No entanto, descobrimos, nas mesmas atividades, pessoas que faziam o controle uma vez por dia, uma vez por mês, uma vez por ano. Ou seja, é muito disperso, não há uma sistemática de controle de matérias-primas desenvolvida para cada atividade", afirmou.

Quando se trata de folha de pagamento dos funcionários, 64% dos entrevistados revelaram que seu controle de gastos era terceirizado em firmas de contabilidade. "O lado positivo de se terceirizar a folha é se livrar da burocracia. O lado negativo é perder o controle desse custo", avalia Gonçalves.

Na opinião de Marco Aurélio Bedê, "essa falta de um controle mais apurado dos custos pode, inclusive, comprometer a própria sobrevivência dessas empresas, em especial em uma conjuntura econômica difícil, com retração das vendas, como a que algumas delas atravessam atualmente".

Com base nesse trabalho, o Sebrae decidiu reforçar as ações no sentido de orientar os empresários para a melhoria da gestão de custos. As ações incluem o lançamento de três novas cartilhas de orientação, palestras específicas, programas de rádio com entrevistas de especialistas, além de uma série de cursos disponíveis para os microempresários.

(Valor Econômico

 

 
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