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infância
09/10/2003

Juiz manda recolher crianças pedintes

Quinze crianças que pediam donativos ou vendiam objetos e balas pelas ruas de Ribeirão Preto foram recolhidas nos dois últimos dias por equipes da prefeitura e levadas a um abrigo mantido pela administração municipal.

A operação cumpriu a portaria do juiz da Vara da Infância e da Juventude de Ribeirão, Guacy Sibille Leite, publicada na semana passada. O juiz determinou o recolhimento das crianças e adolescentes com o objetivo de tentar evitar que eles sejam explorados pelos pais ou sejam inseridos no mundo das drogas e do crime.

O promotor da Infância e da Juventude, Marcelo Pedroso Goulart, afirmou que estudará a portaria para ver se há ilegalidade.

Desde anteontem, funcionários da Secretaria da Cidadania foram aos principais pontos de mendicância e vendas de objetos nas esquinas de avenidas de maior fluxo de veículos. O antigo prédio do Centro de Atendimento à Criança e Adolescente Vitimizados foi improvisado como abrigo.

Na tarde de ontem, dez crianças -com idades entre dez e 13 anos- ainda permaneciam no prédio aguardando autorização do juiz para voltar para casa. Antes de liberá-las, os responsáveis passavam por uma audiência com o magistrado.

"Ontem [anteontem] na delegacia, queriam bater no meu marido, que é deficiente. Me falaram que eu iria perder a guarda da minha filha. Não tem exploração nenhuma. Todo dinheiro que minha filha ganha é para comprar as coisinhas dela", disse a dona-de-casa Maria Cristina Vieira de Moraes, 38, que teve a filha recolhida.

Segundo o secretário da Cidadania, Jorge Parada, as crianças, após serem liberadas pela Justiça, serão acompanhadas por equipes de sua pasta para tentar evitar o retorno delas às ruas.

O juiz foi procurado na tarde de ontem para comentar o assunto, mas afirmou, por meio de funcionários, que não podia atender a reportagem porque estava em audiência. À TV, disse que os pais terão que explicar porque permitem que seus filhos sejam submetidos ao perigo nas ruas.

ROGÉRIO PAGNAN
Da Folha Ribeirão

   
 
 
 

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