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15/10/2003
Ação da Cidadania cobra Lula e critica Fome Zero

A Ação da Cidadania lança domingo seu 11º Natal sem Fome cobrando pressa do governo Lula no combate à fome. Para o coordenador da campanha, Maurício Andrade, o Fome Zero é hoje um "nome de fantasia".

"O Fome Zero precisa alcançar o conjunto dos miseráveis do país. Não dá para ter metas para a fome. Tem que se ter uma medida política para alcançar a totalidade", afirmou Andrade.

A Ação da Cidadania, com dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), fala em 50 milhões de miseráveis no país. Para o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil tem cerca de 56 milhões de pobres, 33,6% da população, sendo 24,7 milhões de indigentes, 14,6% da população.

A Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida foi criada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que morreu de Aids em 1997.

Andrade, 52, elogiou o governo por ter como prioridade o combate à fome e pelos programas de transferência de renda. Cobrou, porém, pressa, bem como um programa capaz de dar ao Brasil auto-suficiência na produção de feijão e arroz. Segundo ele, sem isso, o Fome Zero está fadado a permanecer como um "nome de fantasia". "A fome tem pressa."

Andrade disse que as críticas não resultam de uma disputa por espaço ou doadores entre a Ação da Cidadania e o Fome Zero. Afirmou que, neste ano, a ONG tem mais de 200 empresas parceiras e espera chegar a cerca de mil.

"Aquilo que é dever do Estado fazer, não tem desculpa. É obrigação do Estado elaborar políticas públicas", declarou, dizendo que a Ação da Cidadania não tem a pretensão de acabar com a fome. "Esse é o papel da sociedade, e não disputar a pobreza. Disputar a pobreza é inadmissível."

Andrade criticou a liberação do plantio de soja transgênica e disse que o governo "empurrou com a barriga" o tema.

Neste ano, a expectativa da Ação da Cidadania é superar a arrecadação de 2002 (6.000 toneladas de alimentos em cestas básicas, beneficiando 3 milhões de pessoas). O lançamento da campanha será no aterro do Flamengo (zona sul), às 10h. O ingresso é 1 kg de alimento não-perecível.

O Ministério de Segurança Alimentar e Combate à Fome informou que o ministro José Graziano não comentaria as críticas.


As informações são da Folha de S. Paulo, sucursal Rio de Janeiro.

 
 
 

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