Responsabilidade
social não pode ser redenção, diz publicitário
Cristina
Mori
Especial para o GD
As empresas
que investem em projetos sociais mas não pagam bons salários
a seus funcionários são irresponsáveis. A opinião
é de Julio Ribeiro, presidente do grupo de publicidade Talent,
palestrante da conferência Empresas e Responsabilidade Social
do Instituto Ethos.
"As empresas
brasileiras têm uma visão caritativa do 'social', que
vem da cultura católica. Acham que estão fazendo um
favor quando criam empregos ou investem em ONGs", disse Ribeiro.
Para o publicitário,
a divisão do mundo entre os que detêm o poder e os
que são submetidos a ele gera uma tensão, amenizada
pela comunicação. Esta mediação tenta
convencer os subordinados que as ações dos poderosos,
mesmo quando tirânicas, têm objetivos bons.
"Recentemente,
porém, os subjugados passaram a exigir uma contrapartida
real. A sociedade evoluiu muito em função de pressões
de seus próprios membros", afirmou, referindo-se ao
Código de Defesa do Consumidor e à exigência
crescente por responsabilidade empresarial.
Ribeiro lembrou
que a publicidade precisa ser ética. "A finalidade da
propaganda comercial é vender. Mas para isso não pode
mentir, vender produtos que fazem mal à saúde ou estimular
comportamentos condenáveis", concluiu.
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