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Dinheiro encontrado no lixo

Rodrigo Zavala
Equipe GD

Em São Paulo, o mercado de lixo está movimentando milhões. Só a empresa de tratamento de resíduos industriais, Estre, irá faturar R$6 milhões neste ano em um aterro sanitário em Paulínia (SP). Por outro lado, ex-moradores de rua estão aprendendo uma nova profissão e se juntando em cooperativas de catadores de lixo para ganhar dois salários mínimos, em média, por mês.

A Vega Engenharia Ambiental, que engloba coleta industrial, comercial, tratamento de resíduos e aterro industrial, a empresa deverá obter, dessas atividades, uma receita de R$15 milhões em 2001 - apenas 4% de seu faturamento anual. Os restantes 96%, ou seja, 325 milhões, provêm de coleta pública, conforme declarou ao jornal Valor Econômico Ricardo de Lima Pereira, diretor da empresa.

O engenheiro Antônio Carlos Andrade, da Diretoria de Controle de Poluição Ambiental da Cetesb, não sabe quanto pode ser o faturamento total da área de recepção e tratamento de resíduos industriais, mas acredita que gera muito dinheiro. "Nunca vi nenhuma empresa dessa área fechar", brinca.

Mas não são apenas os grandes investidores que conseguem ganhar dinheiro com o lixo. Organizados em uma cooperativa no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, catadores de lixo livraram-se dos intermediários e conseguem ganhar por mês, em média, R$ 400. Formada em 1989 a partir de um projeto de auxílio a moradores de rua realizado pela OAF - Organização e Auxílio Fraterno, a Coopamare possui hoje 309 associados, dos quais 82 passam por lá diariamente.

"Estruturados, os catadores ganharam legitimidade junto a fabricantes e maior visibilidade junto a comerciantes, donas de casa, empresas e a população em geral", afirma Glória Coutinho, assistente social da entidade.

A Amapph, (Associação dos Moradores de Perdizes, Pacaembu e Higienópolis), também na zona oeste, por sua vez, encontrou uma forma de auxíliar os moradores de rua. Em parceria com a Paróquia São João Maria Vianey, na Lapa, desenvolveu um projeto de reciclagem de lixo, batizado de Reciclazaro. A iniciativa recolhe pessoas das ruas, ofertando emprego, renda e atendimento psico-social.

Atualmente, o projeto atende 42 ex-moradores de rua que recolhem cerca de 100 toneladas de lixo reciclável ao mês. Cada um deles chega a receber bolsa-auxílio que vária entre R$150 a R$300. "A atividade abriga os moradores, fornece alimento, tratamento e desenvolvimento da auto-estima", conta Cassia Fellet, psicologa e conselheira da Associação.


 

 
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