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Voto serve como moeda de troca em comunidades carentes, diz pesquisadora

Rodrigo Zavala
Equipe GD

É recorrente dizer que as comunidades menos esclarecidas, instaladas no interior do país, não têm consciência na hora de votar. Por isso, seus votos seriam facilmente comprados pelos políticos. Em "Política, Família, Comunidade", texto que faz parte do livro "Antropologia, Voto e Representação Política (Editora Contracapa), a antropóloga Beatriz Alasia de Heredia analisa o comportamento das comunidades rurais em períodos de eleição, sob outro ângulo.

Beatriz, em seu estudo, tenta desmontar o discurso de que comunidades com pouca instrução não tenham consciência de seu voto. "Quando alguém vai a um comitê pedir um colchão, saúde, educação ou até ajuda para tirar um carteira de identidade, coisas que seriam comuns para qualquer cidadão, não é possível afirmar que ele não sabe o que está fazendo", argumenta

Segundo a antropóloga, membro do Núcleo de Antropologia da Política (Nuap) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sempre que se fala do candidato em que se pretende votar, faz-se menção à existência de uma relação personalizada - independente da plataforma e do partido político - e o voto é apontado como uma maneira de retribuir algo.

Nesse contexto, na ótica de Beatriz, há uma espécie de inversão de papéis: os membros da comunidade acabam utilizando os políticos em seu próprio benefício, o que seria, aos olhos deles, uma forma de mudar tal relação. Afinal, essa população tem a consciência de que os políticos só aparecem e se preocupam com eles "no tempo da política" - das eleições- , como dizem.

"É o único momento em que se reconhece a legitimidade dos políticos para estarem presentes na comunidade: enquanto políticos e fazendo política", acrescenta Beatriz. De acordo com ela, se um político aparece nessas comunidades fora do período eleitoral, sua presença provoca desconforto. "Ele só será reconhecido pela sua profissão original, nunca como político."

 

 
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