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Dia 30.05.01 às 10h20min
 

 

Crise de energia irá derrubar emprego, salário e o crescimento econômico

Rodrigo Zavala
Equipe GD

No começo deste ano, pesquisa Vox Populi divulgada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) indicava otimismo por parte dos empresários em relação a 2001. Mais: 53% das empresas aumentariam seus investimentos na área de qualificação profissional. Entretanto, a redução das perspectivas de crescimento da economia por conta da crise de energia irá alterar o cenário de emprego, salário e lucratividade das indústrias.

Segundo pesquisa Fiesp/Vox Populi publicada ontem, dia 29 de maio, antes do racionamento, 74,9% das 400 empresas ouvidas tinham planos de expandir seus negócios. Agora, esse percentual caiu para 29,8%."O racionamento de energia pegou a indústria na contramão", disse o diretor do Departamento de Infra-estrutura Industrial (Deinfra) da Fiesp, Pio Gavazzi.

O racionamento de energia elétrica, explica, irá acarretar a paralisação da produção, demissões e queda nos lucros nas indústrias de São Paulo. Para Gavazzi, a paralisação das máquinas será o principal efeito da crise energética.

"Com o corte na produção, a redução nos lucros e a demissão de funcionários serão imediatas", explica. Gavazzi aponta ainda que as demissões irão se concentrar nas grandes e micro empresas, com impacto menor sobre as médias e pequenas.

E não é para menos. Pesquisa divulgada pelo Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo) mostra que as pequenas indústrias não só deixarão de gerar 150 mil empregos este ano, como também estima em 180 mil o número de trabalhadores que serão desligados das empresas. "As micro e pequenas empresas estão completamente despreparadas para enfrentar a crise de energia", afirma Joseph Couri, presidente da entidade.

Outra entidade a se manifestar foi o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. De acordo com nota à imprensa, as negociações entre sindicatos e empresários estão sendo travadas para garantir o emprego dos trabalhadores. A mudança de tom nas discussões afasta mais uma vez a perspectiva de retomada do crescimento salarial.

A Fundação Dieese trabalhava com essa perspectiva diante da retomada do crescimento econômico alardeado no começo do ano, mas já mudou sua abordagem. Apesar de assumir que ainda é cedo para prever o que acontecerá com o emprego no racionamento, as demissões na indústria e a geração de postos de trabalho de pior qualidade são inevitáveis.

 

 
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