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04/01/2006 - 17h35

Varig inicia recomposição da frota com ajuda da Boeing e antecipação de recebíveis

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

A Varig voltou a sinalizar que está cumprindo as premissas do plano de recuperação aprovado na assembléia do dia 19 de dezembro. O plano previa a elevação da frota para até 75 aeronaves em duas etapas --a companhia tem 61 aviões em condições de voar e outros 14 estão parados para manutenção.

Para colocar em operação os aviões que estão parados, a Varig fechou com a Boeing Capital Corporation um acordo que permitirá que duas aeronaves MD-11 sejam reincorporadas à frota. Os detalhes do financiamento não foram divulgados.

Em dezembro, a empresa contava com 57 aviões em operação. De lá para cá, quatro aviões foram reincorporados à frota: um Boeing 777 e três Boeings 737. A empresa informou que novos aviões serão incorporados à frota até o final de abril.

Pelo cronograma da companhia, três aviões passarão a integrar a frota neste mês de janeiro --um Boeing 767 e dois 737--, que passará a contar com 64 aeronaves. Em fevereiro --quando três Boeings 737 serão reincorporados--, a frota passará a ter 67 aviões. Os dois MD 11 --recuperados por meio do financiamento com a Boeing Capital-- entrarão em operação em março, elevando a frota para 69 aviões.

Com isso, a Varig ultrapassará as metas do plano de recuperação, que previa que a empresa teria 63 aeronaves em operação ao final do primeiro semestre. Pelo plano, a companhia teria 69 aviões até o final do segundo semestre.

Na ocasião, a empresa informou que poderia ter uma frota de 75 aeronaves até o final do ano, pois precisava de flexibilidade para remanejar aviões que viessem a precisar de manutenção sem alterar a oferta de assentos.

Pelos planos divulgados hoje, a frota da Varig receberá 70º avião em abril. Ao fim do cronograma de recomposição da frota, a previsão da Varig é colocar no mercado mais 2.000 assentos para venda nas agências de viagem ainda neste semestre.

Banco português

A Varig não informou a fonte de recursos que permitirá à companhia aérea recompor sua frota de aeronaves até abril. Oficialmente, a empresa informou que a manutenção dos aviões está sendo feito com recursos próprios e acordos com credores que permitiram a liberação de dinheiro por meio da antecipação de recebíveis.

No entanto, a associação TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) informou que a companhia fez um empréstimo de cerca de US$ 25 milhões com o banco português Efisa. O empréstimo foi lastreado na antecipação de recebíveis --créditos gerados pela venda de passagens com cartão de crédito. A Varig não confirma a informação.

"Sabemos que a Efisa já está trabalhando com a Varig. E esse trabalho já vem dando resultado, pois os aviões parados estão voltando a voar", disse o presidente da Apvar (Associação dos Pilotos da Varig), Rodrigo Marocco. A TGV reúne a Apvar e outras associações de trabalhadores da Varig.

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