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26/01/2006
-
09h17
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Banco Central voltou a afirmar que a gradual flexibilização da política monetária não compromete as conquistas dos últimos meses. No entanto, alerta para a elevação da projeção de inflação para 2006, embora continue abaixo da meta de 4,5%, o que indica que ainda há espaço para a redução da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).
As informações estão na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada entre os dias 17 e 18 de janeiro, que reduziu os juros de 18% para 17,25% ao ano.
"A flexibilização gradual da política monetária não comprometerá as importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na preservação do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real", diz o documento.
O BC, entretanto, tornou-se constante alvo de críticas desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou há cerca de dois meses que o PIB (Produto Interno Bruto) encolheu 1,2% no terceiro trimestre.
O ministro Luiz Marinho (Trabalho), ao divulgar que o resultado da criação de postos de trabalho formais em 2005, chegou a afirmar que a queda de 18% observada em relação ao ano anterior teria sido causada pelos juros do BC.
Inflação
Na ata divulgada hoje, o Copom também afirma que aumentou a probabilidade da convergência da inflação para a trajetória de metas. "Para que essa maior probabilidade continue se traduzindo em resultados efetivos, entretanto, é preciso que os indicadores prospectivos de inflação sigam apresentando elementos compatíveis com o cenário benigno que tem se configurado nos últimos meses.'
A projeção de inflação no cenário de referência --que considerada a manutenção da taxa de juros por 12 meses-- aponta para um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) abaixo de 4,5%. No entanto, houve uma elevação em relação a reunião anterior. No entanto, a ata não revela de quanto é a projeção exata.
Já a previsão de mercado, feita antes da última reunião, era de um IPCA de 4,58% em 2006.
O BC afirma ainda que acompanhará de forma atenta o cenário da inflação para então definir os próximos passos da política monetária. Desde setembro do ano passado, a taxa Selic já passou por cinco cortes.
"Tendo em vista as incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária e os riscos associados aos cenários traçados em cada momento, o comitê avalia que será necessário acompanhar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", revela a ata.
De acordo com o documento, a inflação no início do mês ficou acima do esperado. A inflação medida pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços -10) foi de 0,84% em janeiro --maior patamar desde abril do ano passado.
"Em boa medida, a alta recente se deve a fatores pontuais, de caráter predominantemente sazonal, que deverão ter impacto sobre a inflação do primeiro bimestre do ano, apresentando arrefecimento ao longo do tempo, sem que, necessariamente, observemos contaminação para horizontes mais longos."
Atividade
Na avaliação da autoridade monetária, a trajetória de expansão está condizente com as condições de oferta, o que não irá gerar pressões inflacionárias.
Para o BC, a política monetária tem combatido as pressões de curto prazo e tem contribuído também para "a consolidação de um ambiente macroeconômico cada vez mais favorável em horizontes mais longos".
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Leia o que já foi publicado sobre a ata do Copom
Copom vê inflação em alta, mas também espaço para corte de juros
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da Folha Online, em Brasília
O Banco Central voltou a afirmar que a gradual flexibilização da política monetária não compromete as conquistas dos últimos meses. No entanto, alerta para a elevação da projeção de inflação para 2006, embora continue abaixo da meta de 4,5%, o que indica que ainda há espaço para a redução da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).
As informações estão na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada entre os dias 17 e 18 de janeiro, que reduziu os juros de 18% para 17,25% ao ano.
"A flexibilização gradual da política monetária não comprometerá as importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na preservação do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real", diz o documento.
O BC, entretanto, tornou-se constante alvo de críticas desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou há cerca de dois meses que o PIB (Produto Interno Bruto) encolheu 1,2% no terceiro trimestre.
O ministro Luiz Marinho (Trabalho), ao divulgar que o resultado da criação de postos de trabalho formais em 2005, chegou a afirmar que a queda de 18% observada em relação ao ano anterior teria sido causada pelos juros do BC.
Inflação
Na ata divulgada hoje, o Copom também afirma que aumentou a probabilidade da convergência da inflação para a trajetória de metas. "Para que essa maior probabilidade continue se traduzindo em resultados efetivos, entretanto, é preciso que os indicadores prospectivos de inflação sigam apresentando elementos compatíveis com o cenário benigno que tem se configurado nos últimos meses.'
A projeção de inflação no cenário de referência --que considerada a manutenção da taxa de juros por 12 meses-- aponta para um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) abaixo de 4,5%. No entanto, houve uma elevação em relação a reunião anterior. No entanto, a ata não revela de quanto é a projeção exata.
Já a previsão de mercado, feita antes da última reunião, era de um IPCA de 4,58% em 2006.
O BC afirma ainda que acompanhará de forma atenta o cenário da inflação para então definir os próximos passos da política monetária. Desde setembro do ano passado, a taxa Selic já passou por cinco cortes.
"Tendo em vista as incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária e os riscos associados aos cenários traçados em cada momento, o comitê avalia que será necessário acompanhar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", revela a ata.
De acordo com o documento, a inflação no início do mês ficou acima do esperado. A inflação medida pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços -10) foi de 0,84% em janeiro --maior patamar desde abril do ano passado.
"Em boa medida, a alta recente se deve a fatores pontuais, de caráter predominantemente sazonal, que deverão ter impacto sobre a inflação do primeiro bimestre do ano, apresentando arrefecimento ao longo do tempo, sem que, necessariamente, observemos contaminação para horizontes mais longos."
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