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24/02/2006
-
13h07
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
As altas taxas de juros, a queda da safra agrícola em algumas regiões e a crise política afetaram o desempenho da economia em 2005, na avaliação do ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
"O resultado foi aquém do que a gente gostaria, mas teve vários fatores que prejudicaram", disse.
O PIB (Produto Interno Bruto) apresentou um crescimento de 2,3% em 2005, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado mostra desaceleração em relação a 2004, quando o crescimento foi de 4,9%.
Para ele, o processo de elevação da taxa básica de juros da economia, que durou entre setembro de 2004 e maior de 2005, colaborou para a desaceleração do ritmo de crescimento da economia.
No entanto, Bernardo disse que esse resultado já era esperado pelo governo. O Banco Central previa um crescimento de 2,6% para 2005.
Outros fatores que também contribuíram foram o baixo resultado do setor agrícola, que teve um crescimento de apenas 0,8%, e a crise política que atinge o governo desde o final do primeiro semestre do ano passado. Na avaliação do ministro, a crise afetou a confiança das famílias e das empresas, o que reduziu a intenção de investimentos e de consumo.
Ele também destacou que, apesar do crescimento baixo, alguns setores tiveram um bom desempenho no ano passado, como a venda de veículos, que apresentou uma alta de 6,1%, o aumento do emprego forma, de 5,88%, e a produção de bens duráveis, que cresceu 16%.
"O dado geral não é entusiasmante, mas se há setores que foram mal, alguns foram muito bem", disse.
Entre os que tiveram um desempenho fraco, o ministro citou a produção de aço e de grãos.
2006
No entanto, para o ministro, o importante é olhar para esse início de ano. Para ele, o único fator preocupante é a agricultura. Ele destacou como fatores que contribuirão para o crescimento deste ano a convergência da inflação para as metas e a queda da taxa de juros, hoje em 17,25% ao ano.
Bernardo acredita que a economia neste ano irá crescer ao menos 4%. "Não nos surpreenderia se for maior."
Para ele, as condições da economia estão boa e há expectativa de investimentos, mesmo com o crescimento dos investimentos de apenas 1,6% em 2005.
Mesmo sem a aprovação do Orçamento, Bernardo disse que os investimentos, como na área de transportes, estão garantidos para o primeiro semestre.
A falta de aprovação do Orçamento pode comprometer o segundo semestre, mas o ministro lembrou que a expectativa é que sejam mais baixos por conta das restrições impostas pela legislação eleitoral.
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da Folha Online, em Brasília
As altas taxas de juros, a queda da safra agrícola em algumas regiões e a crise política afetaram o desempenho da economia em 2005, na avaliação do ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
"O resultado foi aquém do que a gente gostaria, mas teve vários fatores que prejudicaram", disse.
O PIB (Produto Interno Bruto) apresentou um crescimento de 2,3% em 2005, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado mostra desaceleração em relação a 2004, quando o crescimento foi de 4,9%.
Para ele, o processo de elevação da taxa básica de juros da economia, que durou entre setembro de 2004 e maior de 2005, colaborou para a desaceleração do ritmo de crescimento da economia.
No entanto, Bernardo disse que esse resultado já era esperado pelo governo. O Banco Central previa um crescimento de 2,6% para 2005.
Outros fatores que também contribuíram foram o baixo resultado do setor agrícola, que teve um crescimento de apenas 0,8%, e a crise política que atinge o governo desde o final do primeiro semestre do ano passado. Na avaliação do ministro, a crise afetou a confiança das famílias e das empresas, o que reduziu a intenção de investimentos e de consumo.
Ele também destacou que, apesar do crescimento baixo, alguns setores tiveram um bom desempenho no ano passado, como a venda de veículos, que apresentou uma alta de 6,1%, o aumento do emprego forma, de 5,88%, e a produção de bens duráveis, que cresceu 16%.
"O dado geral não é entusiasmante, mas se há setores que foram mal, alguns foram muito bem", disse.
Entre os que tiveram um desempenho fraco, o ministro citou a produção de aço e de grãos.
2006
No entanto, para o ministro, o importante é olhar para esse início de ano. Para ele, o único fator preocupante é a agricultura. Ele destacou como fatores que contribuirão para o crescimento deste ano a convergência da inflação para as metas e a queda da taxa de juros, hoje em 17,25% ao ano.
Bernardo acredita que a economia neste ano irá crescer ao menos 4%. "Não nos surpreenderia se for maior."
Para ele, as condições da economia estão boa e há expectativa de investimentos, mesmo com o crescimento dos investimentos de apenas 1,6% em 2005.
Mesmo sem a aprovação do Orçamento, Bernardo disse que os investimentos, como na área de transportes, estão garantidos para o primeiro semestre.
A falta de aprovação do Orçamento pode comprometer o segundo semestre, mas o ministro lembrou que a expectativa é que sejam mais baixos por conta das restrições impostas pela legislação eleitoral.
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