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30/03/2006
-
15h58
da Folha Online
O ministro Gilberto Gil (Cultura) divulgou hoje nota com um pedido de desculpas ao ministro Hélio Costa (Comunicações), com quem trocou insultos ontem sobre o padrão da TV digital.
A nota divulgada pela assessoria de Gil informa que o texto lido ontem por ele durante aula inaugural da Escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) "não expressa sua opinião no debate governamental sobre a TV digital".
Ontem Gil leu um cordel escrito por Luciana Rabelo, uma jornalista de Recife, em que Costa é chamado de "empresário boçal" e suas manifestações sobre a TV digital de "conversa bosta".
"Fora do contexto a leitura pode parecer uma indelicadeza com o ministro das Comunicações, Hélio Costa. No entanto, o ministro Gilberto Gil esclarece que não foi essa sua intenção e que não conhecia a íntegra do conteúdo do cordel", diz a nota.
O cordel diz: "Três modelos são usados/ em países estrangeiros./ Falta agora o brasileiro/ que já vem sendo estudado,/ mas não é incentivado pelo ministro Hélio Costa/ que com uma conversa bosta/ 'só quer saber da imagem'/e do que traz de vantagem/ o comércio de resposta./ Hélio já quer escolher/ o modelo do Japão./ E nós, a população,/ queremos compreender/ por que não desenvolver/ um modelo brasileiro/ e trocar com o estrangeiro/ a nossa experiência?/ É preciso paciência,/ não pode ser tão ligeiro./ Nossa tecnologia/ poderá desenvolver/ um modelo de TV/ que nos dê soberania,/ impulsione a economia/ pra benefício geral/ e a política industrial/ tomará um novo impulso,/ mas é preciso ter pulso/ pro sonho virar real".
Gil informou ainda que se deu conta das referências a Hélio Costa durante a leitura do texto e preferiu não censurá-lo, já que se tratava de uma aula sobre democracia e que "enquanto ministro do governo, chamava a atenção para se construir uma cultura de escuta e tolerância mesmo quando as críticas e manifestações ultrapassam certos limites".
E a nota completa: "O ministro Gilberto Gil reitera o seu pedido de desculpas ao ministro Hélio Costa, que se mostrou ofendido por não ter conhecimento dessa contextualização."
Também ontem, informado sobre as críticas de Gil, Hélio Costa respondeu: "Só lamento a deselegância do ministro [Gil]. Não é à toa que alguns amigos dele o chamam de Gilberto vil. Eu entendo agora a razão deles."
Na discussão da TV digital, o governo brasileiro estuda questões técnicas e contrapartidas oferecidas por representantes dos sistemas japonês (ISDB), europeu (DVB) e americano (ATSC). A decisão sobre qual padrão será escolhido é esperada para os próximos dias.
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A nota divulgada pela assessoria de Gil informa que o texto lido ontem por ele durante aula inaugural da Escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) "não expressa sua opinião no debate governamental sobre a TV digital".
Ontem Gil leu um cordel escrito por Luciana Rabelo, uma jornalista de Recife, em que Costa é chamado de "empresário boçal" e suas manifestações sobre a TV digital de "conversa bosta".
"Fora do contexto a leitura pode parecer uma indelicadeza com o ministro das Comunicações, Hélio Costa. No entanto, o ministro Gilberto Gil esclarece que não foi essa sua intenção e que não conhecia a íntegra do conteúdo do cordel", diz a nota.
O cordel diz: "Três modelos são usados/ em países estrangeiros./ Falta agora o brasileiro/ que já vem sendo estudado,/ mas não é incentivado pelo ministro Hélio Costa/ que com uma conversa bosta/ 'só quer saber da imagem'/e do que traz de vantagem/ o comércio de resposta./ Hélio já quer escolher/ o modelo do Japão./ E nós, a população,/ queremos compreender/ por que não desenvolver/ um modelo brasileiro/ e trocar com o estrangeiro/ a nossa experiência?/ É preciso paciência,/ não pode ser tão ligeiro./ Nossa tecnologia/ poderá desenvolver/ um modelo de TV/ que nos dê soberania,/ impulsione a economia/ pra benefício geral/ e a política industrial/ tomará um novo impulso,/ mas é preciso ter pulso/ pro sonho virar real".
Gil informou ainda que se deu conta das referências a Hélio Costa durante a leitura do texto e preferiu não censurá-lo, já que se tratava de uma aula sobre democracia e que "enquanto ministro do governo, chamava a atenção para se construir uma cultura de escuta e tolerância mesmo quando as críticas e manifestações ultrapassam certos limites".
E a nota completa: "O ministro Gilberto Gil reitera o seu pedido de desculpas ao ministro Hélio Costa, que se mostrou ofendido por não ter conhecimento dessa contextualização."
Também ontem, informado sobre as críticas de Gil, Hélio Costa respondeu: "Só lamento a deselegância do ministro [Gil]. Não é à toa que alguns amigos dele o chamam de Gilberto vil. Eu entendo agora a razão deles."
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