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10/04/2006 - 13h04

Brasil despenca para penúltimo em ranking de produtividade da CNI

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da Folha Online

Devido ao baixo investimento, a indústria brasileira despencou para a penúltima posição em ranking de aumento de produtividade elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 23 países.

A produtividade do país caiu no ano passado e acumulou um crescimento anual de apenas 1,3% nos primeiros quatro anos desta década.

Com esses resultados, no ranking dos 23 países a produtividade brasileira despencou da quarta maior no levantamento realizado no período 1996-2000 para a penúltima posição no qüinqüênio 2001-2004 --ficou apenas na frente da Itália.

A taxa anual média de crescimento da produtividade, de 1,3%, foi bem inferior ao de países como Índia (10,1%), Cingapura (8,2%), Malásia (6,9%), Tailândia (6,2%) e Estados Unidos (6,1%). Além disso, representa forte declínio em relação à média de ganho de produtividade do próprio Brasil na segunda metade da década de 90 (5,9%) e também da primeira metade (7,2%).

A CNI calcula a cada cinco anos o índice da produtividade do trabalho dividindo a produção das empresas pelo número de trabalhadores empregados ou pelas horas trabalhadas.

Segundo a CNI, o fraco desempenho dos últimos anos "corrói o ganho acumulado na década de 90 e compromete o vigor das exportações no futuro".

O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Avaliação, Renato da Fonseca, afirmou que a freada do crescimento da produção e o baixo investimento, em um ano de expansão do emprego, comprometeram a produtividade.

Ele explicou que, nos anos 90, o crescimento da produtividade foi um dos maiores da história e ficou acima de outros países. Isso contribuiu para o melhor desempenho das exportações brasileiras nos últimos anos. Mas se continuar com o mesmo ritmo de baixo crescimento, poderá afetar as exportações.

"Assim como parte do desempenho exportador nos últimos anos é creditado aos ganhos de produtividade da década de 90, o baixo crescimento tende a comprometer o vigor dos setores exportadores no futuro", diz a nota.

Na avaliação do economista da CNI, "se não recuperar o crescimento da produtividade, o Brasil pode perder mercado em setores como o de vestuário, calçados e produtos têxteis, que são diretamente influenciados pelo custo de mão-de-obra".

Veja abaixo o ranking completo divulgado pela CNI. Os números em parênteses representam a porcentagem do crescimento médio anual da produtividade em cada país no período 2001-2004:

1 - Índia (10,1)
2 - Cingapura (8,2)
3 - Malásia (6,9)
4 - Tailândia (6,2)
5 - Estados Unidos (6,1)
6 - Coréia do Sul (6,0)
7 - Suécia (5,5)
8 - Japão (5,3)
9 - Taiwan (4,3)
10 - Reino Unido (3,9)
11 - Hong Kong (3,7)
12 - México (3,6)
13 - Bélgica (3,3)
14 - Alemanha (2,6)
15 - Austrália (2,4)
16 - Noruega (2,4)
17 - Holanda (2,3)
18 - Argentina (2,2)
19 - Canadá (1,8)
20 - França (1,5)
21 - Dinamarca (1,4)
22 - Brasil (1,3)
23 - Itália (-0,9)

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