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24/04/2006
-
10h03
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, deixou o cargo, segundo a assessoria de imprensa da própria empresa. Seus assessores ainda não explicaram, entretanto, os motivos que levaram o executivo a se afastar.
A decisão pode ser benéfica para a Varig, que negocia com a BR Distribuidora um período de carência para o pagamento dos combustíveis fornecidos para a companhia aérea.
O presidente da BR já havia afirmado que não poderia conceder prazo à Varig porque a empresa aérea não tinha garantias a oferecer. Antes, a Varig oferecia recebíveis de compras de passagens com cartão de crédito para ter prazo para o pagamento, mas já não teria mais condições de fazer operações semelhantes.
O advogado da BR Distribuidora, Márcio Couto, também sinalizou que o pedido não seria atendido e que o último contrato fechado entre as companhias venceu no final do ano passado. Desde então, a Varig tem pago na véspera o valor necessário para abastecer os aviões no dia seguinte.
Com um novo presidente, entretanto, a empresa estatal de fornecimento de combustíveis poderá rever sua posição.
O governo trabalha para que seja alcançada uma solução de mercado para a Varig. A proposta em análise nesse momento foi apresentada pela Volo, empresa constituída pelo fundo de investimentos americano Matlin Patterson.
A Volo quer pagar US$ 400 milhões pela parte boa da Varig --que exclui suas dívidas estimadas em R$ 7 bilhões.
Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo na semana passada, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pressiona a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a não colocar obstáculos a essa operação.
Ainda segundo a Folha, a ministra criticou a diretoria da agência pela suspensão da compra da VarigLog pela Volo.
A interferência da ministra foi criticada pelo Snea (o sindicato das empresas aéreas), que afirma que a Volo é controlada pelo fundo americano e que os brasileiros que fazem parte de seu controle são "laranjas" --pela legislação, estrangeiros só podem ter 20% de uma empresa aérea nacional. A Volo nega.
Já a Anac também negou que tenha sido pressionada por Dilma, mas um dia após anunciar a suspensão do negócio que envolvia a VarigLog, voltou atrás e afirmou que ainda pode aprovar a operação.
A proposta da Volo pela Varig, no entanto, enfrenta resistência por parte dos credores --que ficariam com apenas 5% da nova Varig-- e dos trabalhadores --que temem demissões em massa com a troca de controle.
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O presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, deixou o cargo, segundo a assessoria de imprensa da própria empresa. Seus assessores ainda não explicaram, entretanto, os motivos que levaram o executivo a se afastar.
A decisão pode ser benéfica para a Varig, que negocia com a BR Distribuidora um período de carência para o pagamento dos combustíveis fornecidos para a companhia aérea.
O presidente da BR já havia afirmado que não poderia conceder prazo à Varig porque a empresa aérea não tinha garantias a oferecer. Antes, a Varig oferecia recebíveis de compras de passagens com cartão de crédito para ter prazo para o pagamento, mas já não teria mais condições de fazer operações semelhantes.
O advogado da BR Distribuidora, Márcio Couto, também sinalizou que o pedido não seria atendido e que o último contrato fechado entre as companhias venceu no final do ano passado. Desde então, a Varig tem pago na véspera o valor necessário para abastecer os aviões no dia seguinte.
Com um novo presidente, entretanto, a empresa estatal de fornecimento de combustíveis poderá rever sua posição.
O governo trabalha para que seja alcançada uma solução de mercado para a Varig. A proposta em análise nesse momento foi apresentada pela Volo, empresa constituída pelo fundo de investimentos americano Matlin Patterson.
A Volo quer pagar US$ 400 milhões pela parte boa da Varig --que exclui suas dívidas estimadas em R$ 7 bilhões.
Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo na semana passada, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pressiona a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a não colocar obstáculos a essa operação.
Ainda segundo a Folha, a ministra criticou a diretoria da agência pela suspensão da compra da VarigLog pela Volo.
A interferência da ministra foi criticada pelo Snea (o sindicato das empresas aéreas), que afirma que a Volo é controlada pelo fundo americano e que os brasileiros que fazem parte de seu controle são "laranjas" --pela legislação, estrangeiros só podem ter 20% de uma empresa aérea nacional. A Volo nega.
Já a Anac também negou que tenha sido pressionada por Dilma, mas um dia após anunciar a suspensão do negócio que envolvia a VarigLog, voltou atrás e afirmou que ainda pode aprovar a operação.
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