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02/05/2006 - 12h01

Itamaraty defende solução com Bolívia por meio do "diálogo"

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da Efe, em Genebra
da Folha Online

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que o país defende uma solução para a crise com a Bolívia por meio do "diálogo".

"Respeitamos as decisões soberanas. Preferimos resolver por meio do diálogo", disse o chanceler brasileiro em Genebra (Suíça), onde participa de diversas reuniões da OMC (Organização Mundial do Comércio).

O presidente da Bolívia, Evo Morales, decretou ontem a nacionalização das reservas de gás e petróleo do país, uma decisão que prejudica a Petrobras e pode comprometer o fornecimento de gás para o Brasil.

A posição oficial do governo brasileiro deve sair de reunião de emergência convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião estava marcada para começar às 11h30 no Palácio do Planalto e conta com a presença dos ministros Silas Rondeau (Minas e Energia), Samuel Pinheiro Guimarães (ministro em exercício das Relações Exteriores) e Dilma Rousseff (Casa Civil), além do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli

Dilma antecipou sua volta de Nova York para discutir a situação delicada com a Bolívia assim como Gabrielli, que também voltou mais cedo de Houston (Texas).

O Brasil vinha mantendo diplomacia diante das ameaças do novo governo boliviano de nacionalizar as reservas.

Ontem, entretanto, o presidente da Petrobras disse que a decisão do governo da Bolívia foi 'unilateral' e 'não amistosa' e que pode levar a 'situações dramáticas'. Além disso, ele prometeu uma 'reação forte'

Já o ministro de Minas e Energia, que afirmou ontem que vê um 'rompimento' na decisão da Bolívia, reuniu-se rapidamente hoje com técnicos do ministério para traçar um cenário da situação e seguiu para o Planalto a fim de informar o presidente sobre os reflexos da medida adotada pela Bolívia.

O decreto determina que o Estado detenha o controle e a direção da produção, transporte, refino, distribuição, comercialização e industrialização dos hidrocarbonetos em todo o país, o que vai afetar cerca de 20 empresas multinacionais, entre elas a estatal brasileira Petrobras, a Repsol YPF (Espanha e Argentina), British Gas e British Petroleum (Reino Unido) e a Total (França).

Com a decisão de Morales, as companhias estrangeiras estariam obrigadas a repartirem os lucros com derivados de petróleo com o Estado boliviano.

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