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03/05/2006
-
10h16
da Folha Online
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que as empresas petrolíferas instaladas no país "vão lucrar menos" após sua decisão de decretar a nacionalização do gás e do petróleo.
"Nós não estamos expulsando nenhuma companhia, mas elas vão lucrar menos que antes", afirmou o presidente em entrevista à rede venezuelana de televisão Telesur.
Ele também confirmou que vai participar amanhã de reunião com os presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) em Puerto Iguazú (Argentina), onde deverão ser negociados novos preços para o gás boliviano.
Morales voltou a dizer que a Bolívia precisa dos investidores estrangeiros como "sócios, e não proprietários". No entanto, avançou ainda mais em relação a declarações que já dera até no Brasil: "Nós esperamos que eles se mantenham sócios e, se eles não respeitarem essas leis, nós os faremos respeitar com força política."
Na última segunda-feira, Morales determinou que o Exército boliviano ocupasse refinarias e campos de exploração de petróleo e gás, que passarão a ser controlados pela empresa estatal YPFB. A decisão prejudica 20 empresas multinacionais que exploram petróleo e gás no país vizinho, entre elas a Petrobras.
Após reunião com oito ministros ontem, que durou quase o dia todo, o presidente Lula divulgou nota em que afirmou que a decisão da Bolívia é "soberana" e que o Brasil vai negociar os novos preços do gás com o país vizinho.
Analistas acreditam que a Petrobras será obrigada a aceitar o reajuste de preços para evitar o desabastecimento de gás no Brasil, o que prejudicaria empresas e consumidores principalmente de São Paulo e da região Sul.
Kirchner e Lula deverão negociar não apenas amanhã mas durante os próximos 180 dias os novos preços do gás --enquanto isso, o abastecimento está garantido pelos preços atuais, segundo os próprios bolivianos.
A Petrobras, entretanto, deve acionar um tribunal de arbitragem internacional contra a decisão da Bolívia porque investiu mais de US$ 1 bilhão no país vizinho desde 1996 e, de acordo com os decretos de Morales, perderá o controle sobre seus ativos no país.
O governo boliviano, entretanto, também ameaça nacionalizar empresas de minas, florestas e outros setores da economia.
O vice-presidente Alvaro Garcia Linera afirmou que as empresas de mineração podem ter de pagar impostos maiores e royalties para continuar a explorar minérios no país vizinho.
Antes do decreto do gás e petróleo, o governo boliviano já havia expulsado a siderúrgica brasileira EBX, o que gerou manifestações em várias cidades do país vizinho devido à perda de cerca de 6.000 empregos.
Com agências internacionais
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que as empresas petrolíferas instaladas no país "vão lucrar menos" após sua decisão de decretar a nacionalização do gás e do petróleo.
"Nós não estamos expulsando nenhuma companhia, mas elas vão lucrar menos que antes", afirmou o presidente em entrevista à rede venezuelana de televisão Telesur.
Ele também confirmou que vai participar amanhã de reunião com os presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) em Puerto Iguazú (Argentina), onde deverão ser negociados novos preços para o gás boliviano.
Morales voltou a dizer que a Bolívia precisa dos investidores estrangeiros como "sócios, e não proprietários". No entanto, avançou ainda mais em relação a declarações que já dera até no Brasil: "Nós esperamos que eles se mantenham sócios e, se eles não respeitarem essas leis, nós os faremos respeitar com força política."
Na última segunda-feira, Morales determinou que o Exército boliviano ocupasse refinarias e campos de exploração de petróleo e gás, que passarão a ser controlados pela empresa estatal YPFB. A decisão prejudica 20 empresas multinacionais que exploram petróleo e gás no país vizinho, entre elas a Petrobras.
Após reunião com oito ministros ontem, que durou quase o dia todo, o presidente Lula divulgou nota em que afirmou que a decisão da Bolívia é "soberana" e que o Brasil vai negociar os novos preços do gás com o país vizinho.
Analistas acreditam que a Petrobras será obrigada a aceitar o reajuste de preços para evitar o desabastecimento de gás no Brasil, o que prejudicaria empresas e consumidores principalmente de São Paulo e da região Sul.
Kirchner e Lula deverão negociar não apenas amanhã mas durante os próximos 180 dias os novos preços do gás --enquanto isso, o abastecimento está garantido pelos preços atuais, segundo os próprios bolivianos.
A Petrobras, entretanto, deve acionar um tribunal de arbitragem internacional contra a decisão da Bolívia porque investiu mais de US$ 1 bilhão no país vizinho desde 1996 e, de acordo com os decretos de Morales, perderá o controle sobre seus ativos no país.
O governo boliviano, entretanto, também ameaça nacionalizar empresas de minas, florestas e outros setores da economia.
O vice-presidente Alvaro Garcia Linera afirmou que as empresas de mineração podem ter de pagar impostos maiores e royalties para continuar a explorar minérios no país vizinho.
Antes do decreto do gás e petróleo, o governo boliviano já havia expulsado a siderúrgica brasileira EBX, o que gerou manifestações em várias cidades do país vizinho devido à perda de cerca de 6.000 empregos.
Com agências internacionais
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