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16/05/2006 - 12h27

Morales diz a ministro espanhol que "não há o que indenizar"

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da Folha Online

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta terça-feira que "não há o que indenizar", no caso do decreto assinado hoje pelo vice-presidente do país, Álvaro Garcia Linera, que nacionaliza as ações de empresas de petróleo e gás que estão sob controle de fundos de pensão do país.

A declaração de Morales veio em resposta à afirmação do ministro espanhol da Economia, Pedro Solbes, que tal nacionalização sem uma compensação ao banco espanhol BBVA e à seguradora suíça Zurich Financial, que administram dois fundos de pensão na Bolívia, é "inaceitável".

"São contribuições dos trabalhadores. Estavam sendo apenas administradas pelas empresas privadas. Agora vão ser administradas pelo Estado boliviano", disse Morales.

"Não há o que indenizar porque não estamos expulsando ninguém, não estamos expropriando. Apenas estamos recuperando o que corresponde ao povo boliviano. Isso é do Estado e vai ser administrado pelo Estado", acrescentou.

Solbes disse que, "se estamos falando de tomar uma parte dos ativos de uma instituição financeira sem existir nenhuma compensação, obviamente isso é inaceitável".

Morales ressaltou ainda que as relações da Bolívia com a Espanha, bem como com as empresas espanholas, são "boas". "Há boas relações com o Brasil e com a Espanha e com suas empresas", disse. As petrolíferas Petrobras e Repsol-YPF (do Brasil e da Espanha respectivamente) foram as mais afetadas pela nacionalização das reservas de petróleo e gás decretada por Morales no dia 1º deste mês.

Solbes, no entanto, não incluiu a Bolívia entre os países latino-americanos que considera parceiros "fundamentais" da Espanha: Brasil, México e Chile.

Com agências internacionais

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