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22/05/2006
-
18h09
DENYSE GODOY
da Folha Online
A Bovespa caiu hoje pelo quarto pregão seguido. Sofrendo com o temor de aumento da inflação e dos juros nos EUA, preocupação que tem abatido os investidores há quase duas semanas, a Bolsa brasileira caiu 3,27%, para 36.496 pontos, com giro de R$ 3,311 bilhões. Durante o dia, chegou ao patamar mínimo de 35.663 pontos.
A Bolsa de Nova York, as principais asiáticas e européias recuaram.
O pessimismo global --exagerado, na opinião de especialistas-- começou no dia 10, quando o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) decidiu aumentar em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, a taxa básica de juros dos EUA. Essa medida era amplamente aguardada, mas a expectativa do mercado era de que houvesse uma sinalização de interrupção do ciclo de altas --a última foi a 16ª consecutiva.
Entretanto, o Fed disse, em nota, que outras elevações ainda podem ser feitas dependendo do comportamento dos indicadores econômicos.
Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados emergentes, como o brasileiro, em busca de ativos de menor risco --dos quais os treasuries (títulos do tesouro norte-americano) são o melhor exemplo.
Ainda não se pode dizer se o mau humor observado nos últimos pregões da Bovespa é apenas um ajuste ou representa, de fato, uma inversão da tendência de otimismo.
Espera-se que a ata da última reunião do Fed, que será divulgada em 31 de maio, possa dar pistas mais claras e objetivas sobre o rumo dos juros nos EUA. Se houver indicações de que a taxa tende a subir mais, o mercado pode se acomodar neste nível mais baixo. Ao contrário, se sinalizar uma pausa no ciclo de elevações, o bom humor de antes pode até ser retomado.
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da Folha Online
A Bovespa caiu hoje pelo quarto pregão seguido. Sofrendo com o temor de aumento da inflação e dos juros nos EUA, preocupação que tem abatido os investidores há quase duas semanas, a Bolsa brasileira caiu 3,27%, para 36.496 pontos, com giro de R$ 3,311 bilhões. Durante o dia, chegou ao patamar mínimo de 35.663 pontos.
A Bolsa de Nova York, as principais asiáticas e européias recuaram.
O pessimismo global --exagerado, na opinião de especialistas-- começou no dia 10, quando o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) decidiu aumentar em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, a taxa básica de juros dos EUA. Essa medida era amplamente aguardada, mas a expectativa do mercado era de que houvesse uma sinalização de interrupção do ciclo de altas --a última foi a 16ª consecutiva.
Entretanto, o Fed disse, em nota, que outras elevações ainda podem ser feitas dependendo do comportamento dos indicadores econômicos.
Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados emergentes, como o brasileiro, em busca de ativos de menor risco --dos quais os treasuries (títulos do tesouro norte-americano) são o melhor exemplo.
Ainda não se pode dizer se o mau humor observado nos últimos pregões da Bovespa é apenas um ajuste ou representa, de fato, uma inversão da tendência de otimismo.
Espera-se que a ata da última reunião do Fed, que será divulgada em 31 de maio, possa dar pistas mais claras e objetivas sobre o rumo dos juros nos EUA. Se houver indicações de que a taxa tende a subir mais, o mercado pode se acomodar neste nível mais baixo. Ao contrário, se sinalizar uma pausa no ciclo de elevações, o bom humor de antes pode até ser retomado.
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