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23/05/2006
-
16h45
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A crise nas negociações sobre o abastecimento de gás entre o Brasil e a Bolívia acabaram refletindo positivamente no Brasil, segundo avaliação do diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman.
"Acho que o [Evo] Morales, sem querer, acabou abrindo o debate para um tema de importância para o país", avaliou Kelman, ao comentar os reflexos da decisão do presidente boliviano no Brasil, que acabou partindo para a busca de alternativas ao gás boliviano.
"Penso que a posição do Brasil de negociação com a Bolívia é muito cômoda, porque numa situação extrema nós sobreviveríamos, e certamente a Bolívia precisa do dinheiro brasileiro, precisa que o Brasil compre o gás deles. Não quero dizer com isso que o Brasil deve tripudiar sobre a Bolívia na sua relação comercial, mas não há dúvida nenhuma de que a nossa posição é muito confortável na negociação com a Bolívia", afirmou.
Segundo Kelman, a discussão sobre o abastecimento de gás, que vinha sendo tratada como um tema "um pouco opaco", acabou tornando mais transparente entre o governo e a sociedade.
Isso porque, a avaliação dos analistas do setor elétrico já era de alerta sobre o abastecimento de gás natural, já que o setor e o governo sabiam que não haveria gás natural se o país precisasse despachar todas as usinas termelétricas hoje.
O anúncio de duas iniciativas da Petrobras de antecipar a produção de 24,2 milhões de metros cúbicos de gás natural para 2008 e de importar gás natural liqüefeito foram considerados pelo diretor da Aneel como importantes para a segurança energética do país.
"Temos condições plenas de enfrentar essa crise. Minha convicção é que (não vai acontecer, por absoluto), se por um ato insano fosse fechada a torneira com a Bolívia ainda assim nós teríamos possibilidade de nos safar dessa situação porque os reservatórios estão cheios", avaliou Kelman.
Ele destacou ainda que se o suprimento de gás natural em 2008 for perfeitamente confiável nós entramos "em céu de brigadeiro", já que poderíamos utilizar a água dos reservatórios das hidrelétricas agora sem preocupação com o futuro próximo.
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A crise nas negociações sobre o abastecimento de gás entre o Brasil e a Bolívia acabaram refletindo positivamente no Brasil, segundo avaliação do diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman.
"Acho que o [Evo] Morales, sem querer, acabou abrindo o debate para um tema de importância para o país", avaliou Kelman, ao comentar os reflexos da decisão do presidente boliviano no Brasil, que acabou partindo para a busca de alternativas ao gás boliviano.
"Penso que a posição do Brasil de negociação com a Bolívia é muito cômoda, porque numa situação extrema nós sobreviveríamos, e certamente a Bolívia precisa do dinheiro brasileiro, precisa que o Brasil compre o gás deles. Não quero dizer com isso que o Brasil deve tripudiar sobre a Bolívia na sua relação comercial, mas não há dúvida nenhuma de que a nossa posição é muito confortável na negociação com a Bolívia", afirmou.
Segundo Kelman, a discussão sobre o abastecimento de gás, que vinha sendo tratada como um tema "um pouco opaco", acabou tornando mais transparente entre o governo e a sociedade.
Isso porque, a avaliação dos analistas do setor elétrico já era de alerta sobre o abastecimento de gás natural, já que o setor e o governo sabiam que não haveria gás natural se o país precisasse despachar todas as usinas termelétricas hoje.
O anúncio de duas iniciativas da Petrobras de antecipar a produção de 24,2 milhões de metros cúbicos de gás natural para 2008 e de importar gás natural liqüefeito foram considerados pelo diretor da Aneel como importantes para a segurança energética do país.
"Temos condições plenas de enfrentar essa crise. Minha convicção é que (não vai acontecer, por absoluto), se por um ato insano fosse fechada a torneira com a Bolívia ainda assim nós teríamos possibilidade de nos safar dessa situação porque os reservatórios estão cheios", avaliou Kelman.
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