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08/06/2006
-
07h44
IVONE PORTES
da Folha Online
O leilão de venda da Varig será realizado hoje a partir das 10h, no hangar da companhia, localizado no centro do Rio de Janeiro.
A empresa aérea poderá ser vendida integralmente --operação nacional e internacional, denominada Varig Operações-- ou separada --somente operações domésticas, chamada de Varig Regional. Os preços mínimos são, respectivamente, US$ 860 milhões e US$ 700 milhões.
Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.
De acordo com o edital de venda, podem participar do leilão empresas brasileiras com sede e administração no país. Até ontem, tinham entrado no "data-room" da Varig --sala virtual com informações confidenciais sobre a empresa-- a Gol, TAM, OceanAir, TAP, o escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimentos que atua no Reino Unido e nos Estados Unidos, e a Amadeus (empresa de reserva de passagens). Para poder acessar as informações, cada empresa teve que depositar R$ 60 mil na conta da Varig.
No leilão de hoje, credores da empresa também poderão fazer lances. Nesse caso, o investidor poderá pagar o valor equivalente ao preço mínimo em reais ou com créditos trabalhistas e créditos extra-concursais (conseguidos após o início da recuperação judicial).
O edital prevê ainda que será vendido no leilão o modelo que receber a maior oferta. Entretanto, no caso de propostas iguais para os dois modelos, vence a feita pela Varig Operações.
Se não houver oferta no valor mínimo estipulado para venda da empresa no leilão, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, poderá definir um novo preço para outro leilão que será realizado no mesmo dia.
A Varig está em recuperação judicial desde junho do ano passado. Ela foi a primeira grande empresa do país a se beneficiar desse processo, que substitui a concordata, já que a Nova Lei de Falências foi aprovada no dia 9 de junho de 2005 e a empresa entrou com pedido no dia 17 daquele mês.
Esse instrumento de recuperação protegeu a Varig de ações movidas por credores, ajudou a empresa a continuar voando, a iniciar um processo de reestruturação e sobreviver até o leilão.
Informações financeiras
A Varig registrou prejuízo líquido de R$ 1,477 bilhão em 2005, o que representa um crescimento nas perdas de quase 1.600% em relação ao ano anterior. Esse é o pior resultado financeiro da companhia desde 2003, quando havia registrado prejuízo de R$ 1,837 bilhão.
As receitas da Varig registraram queda de 11,12% ante o ano anterior e somaram R$ 6,644 bilhões.
O patrimônio líquido negativo da Varig ou a dívida total da companhia atingiu R$ 7,9 bilhões ao final de 2005. Esse valor engloba dívidas com fornecedores da companhia aérea.
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da Folha Online
O leilão de venda da Varig será realizado hoje a partir das 10h, no hangar da companhia, localizado no centro do Rio de Janeiro.
A empresa aérea poderá ser vendida integralmente --operação nacional e internacional, denominada Varig Operações-- ou separada --somente operações domésticas, chamada de Varig Regional. Os preços mínimos são, respectivamente, US$ 860 milhões e US$ 700 milhões.
Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.
De acordo com o edital de venda, podem participar do leilão empresas brasileiras com sede e administração no país. Até ontem, tinham entrado no "data-room" da Varig --sala virtual com informações confidenciais sobre a empresa-- a Gol, TAM, OceanAir, TAP, o escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimentos que atua no Reino Unido e nos Estados Unidos, e a Amadeus (empresa de reserva de passagens). Para poder acessar as informações, cada empresa teve que depositar R$ 60 mil na conta da Varig.
No leilão de hoje, credores da empresa também poderão fazer lances. Nesse caso, o investidor poderá pagar o valor equivalente ao preço mínimo em reais ou com créditos trabalhistas e créditos extra-concursais (conseguidos após o início da recuperação judicial).
O edital prevê ainda que será vendido no leilão o modelo que receber a maior oferta. Entretanto, no caso de propostas iguais para os dois modelos, vence a feita pela Varig Operações.
Se não houver oferta no valor mínimo estipulado para venda da empresa no leilão, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, poderá definir um novo preço para outro leilão que será realizado no mesmo dia.
A Varig está em recuperação judicial desde junho do ano passado. Ela foi a primeira grande empresa do país a se beneficiar desse processo, que substitui a concordata, já que a Nova Lei de Falências foi aprovada no dia 9 de junho de 2005 e a empresa entrou com pedido no dia 17 daquele mês.
Esse instrumento de recuperação protegeu a Varig de ações movidas por credores, ajudou a empresa a continuar voando, a iniciar um processo de reestruturação e sobreviver até o leilão.
Informações financeiras
A Varig registrou prejuízo líquido de R$ 1,477 bilhão em 2005, o que representa um crescimento nas perdas de quase 1.600% em relação ao ano anterior. Esse é o pior resultado financeiro da companhia desde 2003, quando havia registrado prejuízo de R$ 1,837 bilhão.
As receitas da Varig registraram queda de 11,12% ante o ano anterior e somaram R$ 6,644 bilhões.
O patrimônio líquido negativo da Varig ou a dívida total da companhia atingiu R$ 7,9 bilhões ao final de 2005. Esse valor engloba dívidas com fornecedores da companhia aérea.
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