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08/06/2006
-
11h58
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Terminou sem sucesso a primeira parte do leilão da Varig porque não houve interessados em arcar com o preço mínimo de US$ 700 milhões estabelecido pela Justiça.
Responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deverá agora apresentar um novo preço mínimo para a realização de uma nova etapa do leilão.
Segundo fontes ligadas à Varig, cinco empresas se cadastraram para apresentar propostas para participar do leilão. São elas a TAM, Gol, OceanAir, Céu Azul (do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento) e TGV (Trabalhadores do Grupo Varig, credor da empresa).
Essas empresas poderão fazer lances após a fixação do novo preço mínimo. A empresa aérea poderá ser vendida integralmente --operação nacional e internacional, denominada Varig Operações-- ou separada --somente operações domésticas, chamada de Varig Regional.
Os preços mínimos iniciais eram, respectivamente, de US$ 860 milhões e US$ 700 milhões. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.
De acordo com o edital de venda, podem participar do leilão empresas brasileiras com sede e administração no país. Até ontem, tinham entrado no 'data-room' da Varig --sala virtual com informações confidenciais sobre a empresa-- a Gol, TAM, OceanAir, TAP, o escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimentos que atua no Reino Unido e nos Estados Unidos, e a Amadeus (empresa de reserva de passagens). Para poder acessar as informações, cada empresa teve que depositar R$ 60 mil na conta da Varig.
O edital prevê ainda que será vendido no leilão o modelo que receber a maior oferta. Entretanto, no caso de propostas iguais para os dois modelos, vence a feita pela Varig Operações.
A Varig está em recuperação judicial desde junho do ano passado. Ela foi a primeira grande empresa do país a se beneficiar desse processo, que substitui a concordata, já que a Nova Lei de Falências foi aprovada no dia 9 de junho de 2005 e a empresa entrou com pedido no dia 17 daquele mês.
Esse instrumento de recuperação protegeu a Varig de ações movidas por credores, ajudou a empresa a continuar voando, a iniciar um processo de reestruturação e sobreviver até o leilão.
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Fracassa primeira parte do leilão da Varig; preço mínimo vai cair
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da Folha Online, no Rio
Terminou sem sucesso a primeira parte do leilão da Varig porque não houve interessados em arcar com o preço mínimo de US$ 700 milhões estabelecido pela Justiça.
Responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, deverá agora apresentar um novo preço mínimo para a realização de uma nova etapa do leilão.
Segundo fontes ligadas à Varig, cinco empresas se cadastraram para apresentar propostas para participar do leilão. São elas a TAM, Gol, OceanAir, Céu Azul (do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento) e TGV (Trabalhadores do Grupo Varig, credor da empresa).
Essas empresas poderão fazer lances após a fixação do novo preço mínimo. A empresa aérea poderá ser vendida integralmente --operação nacional e internacional, denominada Varig Operações-- ou separada --somente operações domésticas, chamada de Varig Regional.
Os preços mínimos iniciais eram, respectivamente, de US$ 860 milhões e US$ 700 milhões. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.
De acordo com o edital de venda, podem participar do leilão empresas brasileiras com sede e administração no país. Até ontem, tinham entrado no 'data-room' da Varig --sala virtual com informações confidenciais sobre a empresa-- a Gol, TAM, OceanAir, TAP, o escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimentos que atua no Reino Unido e nos Estados Unidos, e a Amadeus (empresa de reserva de passagens). Para poder acessar as informações, cada empresa teve que depositar R$ 60 mil na conta da Varig.
O edital prevê ainda que será vendido no leilão o modelo que receber a maior oferta. Entretanto, no caso de propostas iguais para os dois modelos, vence a feita pela Varig Operações.
A Varig está em recuperação judicial desde junho do ano passado. Ela foi a primeira grande empresa do país a se beneficiar desse processo, que substitui a concordata, já que a Nova Lei de Falências foi aprovada no dia 9 de junho de 2005 e a empresa entrou com pedido no dia 17 daquele mês.
Esse instrumento de recuperação protegeu a Varig de ações movidas por credores, ajudou a empresa a continuar voando, a iniciar um processo de reestruturação e sobreviver até o leilão.
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