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09/06/2006
-
09h05
da Folha de S.Paulo
O presidente da OceanAir, Carlos Ebner, admitiu ontem a possibilidade de a companhia aérea ainda apresentar uma proposta pela Varig se houver mais tempo para estruturá-la. Mas o juiz Ayoub descartou ontem um novo leilão.
"Faltou tempo para fazer uma análise melhor da situação. Isso dificultou bastante na hora de fazer uma engenharia financeira", afirmou Ebner.
A falta de propostas no leilão, apesar da presença de representantes de cinco investidores em potencial, pode ser explicado principalmente pelo receio do risco de sucessão de dívidas.
Pesou também o pouco tempo para avaliar a situação da empresa, já que o leilão foi adiado devido à sua frágil situação de caixa: o "data room" (disponibilização de informações confidenciais da Varig aos interessados) ficou aberto por apenas três dias úteis.
Mesmo com os esforços de última hora do governo e da Justiça para desvincular do novo comprador o imenso passivo da Varig (estimado em R$ 7,9 bilhões, segundo o último balanço), a companhia chegou ao dia do leilão representando um alto risco de sucessão trabalhista e também fiscal.
O Ministério Público do Trabalho, por exemplo, informou que pretende recorrer da decisão da Justiça fluminense que determina que o comprador não herdará as dívidas da companhia com os trabalhadores.
A TAM informou que, após avaliar detalhadamente o investimento e a relação risco-retorno do negócio, decidiu não oferecer lance no leilão.
Outro problema apontado é a falta de clareza nas informações do "data room". Para acessá-las, os interessados tiveram que assinar documento assinalando que a empresa não garantia sua veracidade. A avaliação é que TAM, Gol e Aero-LB (consórcio da TAP) entraram no "data room" só para ter acesso a dados confidenciais da Varig.
Marcelo Gomes, diretor da consultoria Alvarez & Marsal, reestruturadora da Varig, não descarta a hipótese de manobra da concorrência. "Para TAM e Gol, era muito melhor a falência [da Varig]."
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O presidente da OceanAir, Carlos Ebner, admitiu ontem a possibilidade de a companhia aérea ainda apresentar uma proposta pela Varig se houver mais tempo para estruturá-la. Mas o juiz Ayoub descartou ontem um novo leilão.
"Faltou tempo para fazer uma análise melhor da situação. Isso dificultou bastante na hora de fazer uma engenharia financeira", afirmou Ebner.
A falta de propostas no leilão, apesar da presença de representantes de cinco investidores em potencial, pode ser explicado principalmente pelo receio do risco de sucessão de dívidas.
Pesou também o pouco tempo para avaliar a situação da empresa, já que o leilão foi adiado devido à sua frágil situação de caixa: o "data room" (disponibilização de informações confidenciais da Varig aos interessados) ficou aberto por apenas três dias úteis.
Mesmo com os esforços de última hora do governo e da Justiça para desvincular do novo comprador o imenso passivo da Varig (estimado em R$ 7,9 bilhões, segundo o último balanço), a companhia chegou ao dia do leilão representando um alto risco de sucessão trabalhista e também fiscal.
O Ministério Público do Trabalho, por exemplo, informou que pretende recorrer da decisão da Justiça fluminense que determina que o comprador não herdará as dívidas da companhia com os trabalhadores.
A TAM informou que, após avaliar detalhadamente o investimento e a relação risco-retorno do negócio, decidiu não oferecer lance no leilão.
Outro problema apontado é a falta de clareza nas informações do "data room". Para acessá-las, os interessados tiveram que assinar documento assinalando que a empresa não garantia sua veracidade. A avaliação é que TAM, Gol e Aero-LB (consórcio da TAP) entraram no "data room" só para ter acesso a dados confidenciais da Varig.
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