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20/07/2006
-
09h45
da Folha de S.Paulo e da Folha Online, no Rio
7 de maio de 1927: Nasce a Viação Aérea Riograndense, operando a linha Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande com uma avião Atlântico.
1941: Presidente da companhia desde sua fundação, Otto Ernst Meyer entrega o controle ao primeiro funcionário, Ruben Berta, que a presidiu até morrer, em 1966.
1941: Já com a denominação Varig, a empresa estabelece a primeira rota internacional, ligando Porto Alegre a Montevidéu.
1945: Criação da Fundação dos Funcionários da Varig, que em 1966 passou a chamar-se Fundação Ruben Berta.
1965: Com a falência da Panair, então a brasileira com maior malha internacional, a Varig assume as linhas da ex-concorrente para a Europa.
1986: O plano Cruzado congela os preços das passagens, mas não os custos das companhias aéreas, que continuaram subindo.
1990: O ex-presidente Fernando Collor de Mello abre o mercado da aviação nas rotas internacionais. A partir deste momento, passaram a concorrer com a Varig neste trajetos, a Vasp e a Transbrasil. O Governo permitiu, ainda, a entrada de novas companhias estrangeiras para disputar este mercado, que obtiveram vantagens para operar com preços e custos mais baixos, a partir da isenção de alguns tributos (PIS/Confins). A Varig começa a apresentar prejuízo em seu balanço financeiro.
1991: A Varig buscou ampliar a sua frota, encomendando novas aeronaves para a Boeing. Começa a Guerra do Golfo, causando alta do preço do petróleo e recessão no setor de aviação. Ao fim de quatro anos, a indústria acumularia prejuízos de cerca de US$ 20,4 bilhões.
1992: Os prejuízos da Varig são agravados com a recessão causada pela Guerra do Golfo. Como solução, a empresa vende aeronaves para bancos e empresas de leasing e passa a pagar aluguel para utilizar os aviões.
1993: Varig inicia processo de reestruturação.
1994: A empresa termina a reformulação, tendo renegociado contratos e dispensado mais de 3 mil funcionários. A companhia pleiteou preços mais baixos nos contratos de leasing com empresas arrendatárias e suspendeu pagamentos por 60 dias. Além disso, fechou 30 escritórios no exterior.
1999: Crise cambial no governo Fernando Henrique Cardoso impacta negativamente os resultados da empresa. A TAM, além de se transformar na principal concorrente da Varig no mercado doméstico ao longo da década de 90, inicia suas operações para o exterior.
2000: Criação da Varig Log, que já nasce como a terceira maior empresa do grupo.
2001: A Gol entra no mercado de aviação doméstico, acirrando a concorrência. Com os atentados de 11 de Setembro, que geraram para a indústria da aviação prejuízos de US$ 11,9 bilhões, as dívidas da Varig aumentaram.
2001: Fundação Ruben Berta rejeita acordo com credores. O BNDES deixa de costurar uma saída para a crise da companhia.
2003: Varig e TAM assinam um memorando de intenções para se unirem e começam a compartilhar vôos. A cogitada fusão, no entanto, não acontece. Varig perde a liderança do mercado doméstico para a TAM.
2004: Varig e TAM cobram a mesma tarifa em diversos trechos e chegam a propor a criação de uma empresa gestora dos vôos compartilhados, idéia que também não foi levada a cabo. A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) recomenda ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a suspensão do 'code-share' por causar danos ao consumidor.
2005: Com o fim do compartilhamento de vôos com a TAM, Varig cancela rotas. Gol ultrapassa a Varig na participação no mercado doméstico em abril. Varig inicia negociação com a TAP. Em 17 de junho, aérea entra com pedido à Justiça para que seja iniciado o processo de recuperação judicial, mecanismo que substituiu a concordata, de acordo com o que prevê a nova lei. Em novembro, a TAP e investidores brasileiros formalizam compra das subsidiárias Varig Log e VEM, o que garante o pagamento a credores internacionais. A Justiça de Nova York prorroga liminar que impede a tomada de aviões da Varig por empresas de leasing dos EUA. Em dezembro, a Fundação Rubem Berta (FRB) fecha acordo para transferir para Docas Investimentos 67% das ações ordinárias da FRBPar, proprietária da Varig. A Justiça do Rio suspende a operação por entender que a troca de controle da FRBPar tem que passar pela aprovação dos credores. A FRB pede à Justiça do Rio para a Varig sair da recuperação judicial, o que é negado. A Justiça afasta a FRB da gestão da Varig. Credores aprovam, em assembléia, o plano de reestruturação da companhia e rejeitam a oferta da Docas Investimentos.
2006
Janeiro: Chega-se à conclusão da venda da Varig Log e da VEM. Grupo TAP e Volo Brasil (constituída pelo fundo Mattin Patterson e investidores brasileiros) assumem a VEM e a Varig Log, respectivamente. A Justiça de Nova York prorroga liminar favorável à Varig, que impediu a tomada de aviões por empresas de leasing dos EUA.
Fevereiro: Credores aprovam texto final do plano de recuperação judicial da Varig, que prevê a criação de Fundos de Investimentos e Participação (FIPs), com o objetivo de captar novos investidores e permitir a conversão de dívidas em ações.
Abril: Os credores aprovam a criação do Fundo de Investimento e Participação Controlador (FIP Controle) e a indicação do Banco Brascan como gestor do fundo. Aprovam ainda a escolha da Consultoria Alvarez & Marsal para conduzir o plano de reestruturação da companhia. Varig pede mais prazo aos credores para pagar as dívidas, por meio do Plano de Emergência elaborado pela Consultoria Alvarez & Marsal, com a finalidade de sustentar o fluxo de caixa da empresa no curto prazo, até julho/agosto, quando os FIPs estariam, de fato, funcionando. A Varig Log oferece US$ 350 milhões pela empresa. Os credores rejeitam a proposta. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não aprova acordo operacional da Varig com a OceanAir, que previa fretamento de aviões por 90 dias em cidades do interior no Sul do país. A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) determina a intervenção e liquidação do Aerus, fundo de previdência dos funcionários da Varig. A diretoria da Varig recomenda ao Conselho de Administração que aceite nova proposta da Varig Log, no valor de US$ 400 milhões. O consultor Jaime Toscano oferece US$ 1,9 bilhão pela três empresas em recuperação judicial --Varig, Rio Sul e Nordeste--, mas não revela quem são os investidores interessados na aquisição. A Justiça do Rio concede uma liminar a uma empresa de leasing determinando que a Varig devolva uma turbina. A Corte de Falências de Nova York estende até o fim de maio a liminar que impede o arresto (apreensão) dos aviões da Varig por falta de pagamento.
Maio: A assembléia de credores da Varig para aprovar propostas para a companhia, que deveria ocorrer no dia 2, é adiada para para o dia 8, por falta de quórum. Varig desvia avião para Porto Alegre e evita arresto de turbina. Justiça derruba liminar que obrigava Varig a devolver turbina a norte americana G.A. Telesis Turbine. A VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, retira sua proposta de US$ 400 milhões para compra da empresa. No dia 8, assembléia de credores da Varig é adiada novamente, para o dia seguinte, por excesso de quórum. Consultoria Alvarez & Marsal e TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) passam o dia e a noite reunidos e unem proposta. Em 9 de maio credores aprovam em assembléia a proposta negociada entre a Alvarez & Marsal e o TGV, que prevê dois modelos para o leilão de venda da companhia --separada e integralmente-- que deverá ocorrem em 60 dias. Dias depois o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anuncia que poderá emprestar até US$ 166,6 milhões para o investidor interessado em capitalizar a Varig. Banco do Brasil também anuncia que pode financiar o investidor interessado em capitalizar a Varig. Justiça diz que investidor que comprar a Varig não terá que assumir as dívidas fiscais da companhia aérea. Três empresas protocolaram pedidos para a liberação de um empréstimo-ponte do BNDES para ajudar a Varig. O banco rejeita as propostas e anuncia que poderá financiar a empresa que vencer o leilão de venda da Varig. A empresa de leasing Bristol retira o Boeing 777, da Varig, em Nova York, que estava em manutenção no pátio da United Airlines, no aeroporto John F. Kennedy. Em 29 de maio a Justiça anuncia a antecipação do leilão da companhia aérea para 5 de junho. Varig publica edital de venda no dia 30 e no dia seguinte abre o 'data-room', sala virtual de informações confidenciais sobre a empresa. O juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, adia para 13 de junho a audiência para a decisão sobre o arresto (apreensão) dos bens da companhia nos Estados Unidos.
Junho: A Justiça do Rio de Janeiro anuncia o adiamento do leilão de venda da Varig, marcado para 5 de junho, para o dia 8 do mesmo mês. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, volta a confirmar no dia 5 de junho que o comprador da Varig não herdará as dívidas trabalhistas da empresa. Apenas o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) apresenta oferta pela Varig no leilão do dia 8, de R$ 1,010 bilhão. Varig passa a cancelar vôos das rotas domésticas e internacionais. No dia 12, Justiça impõe condições para aceitar proposta do TGV pela Varig, que previa pagamento de parte da oferta pela empresa em debêntures, e que não honra condições do edital. VarigLog propõe injetar US$ 485 milhões na empresa em troca de 90% da Varig e passa a depositar recursos na conta da companhia para ajudá-la no fluxo de caixa.
Julho: Justiça rejeita, no dia 14, proposta do TGV para compra da Varig, por falta de comprovação de capacidade de pagamento e descumprimento do edital. VarigLog redesenha proposta pela Varig mas detalhes não são divulgados. Ministério Público dá parecer favorável à venda para a VarigLog e recomenda realização de assembléia de credores. Justiça marca assembléia para dia 10 de julho e novo leilão para dia 12, mas dois dias depois anuncia o cancelamento, devido proposta de preço mínimo no valor de R$ 277 milhões feita pela VarigLog. Leilão é remarcado para dia 18 e assembléia, 17. Preço mínimo do leilão da Varig cai 81%, para US$ 24 milhões. Justiça adia novamente leilão, para dia 19. Assembléia de credores do dia 17 não aprova proposta da VarigLog, em razão de vetos de empresas de leasing ligadas à GE Capital. Justiça inválida votos da GE, por empresa ter vendido os créditos que tinha da Varig para outros investidores e remarca leilão para esta quinta-feira (20).
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Só a VarigLog participa de leilão da Varig nesta quinta-feira
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7 de maio de 1927: Nasce a Viação Aérea Riograndense, operando a linha Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande com uma avião Atlântico.
1941: Presidente da companhia desde sua fundação, Otto Ernst Meyer entrega o controle ao primeiro funcionário, Ruben Berta, que a presidiu até morrer, em 1966.
1941: Já com a denominação Varig, a empresa estabelece a primeira rota internacional, ligando Porto Alegre a Montevidéu.
1945: Criação da Fundação dos Funcionários da Varig, que em 1966 passou a chamar-se Fundação Ruben Berta.
1965: Com a falência da Panair, então a brasileira com maior malha internacional, a Varig assume as linhas da ex-concorrente para a Europa.
1986: O plano Cruzado congela os preços das passagens, mas não os custos das companhias aéreas, que continuaram subindo.
1990: O ex-presidente Fernando Collor de Mello abre o mercado da aviação nas rotas internacionais. A partir deste momento, passaram a concorrer com a Varig neste trajetos, a Vasp e a Transbrasil. O Governo permitiu, ainda, a entrada de novas companhias estrangeiras para disputar este mercado, que obtiveram vantagens para operar com preços e custos mais baixos, a partir da isenção de alguns tributos (PIS/Confins). A Varig começa a apresentar prejuízo em seu balanço financeiro.
1991: A Varig buscou ampliar a sua frota, encomendando novas aeronaves para a Boeing. Começa a Guerra do Golfo, causando alta do preço do petróleo e recessão no setor de aviação. Ao fim de quatro anos, a indústria acumularia prejuízos de cerca de US$ 20,4 bilhões.
1992: Os prejuízos da Varig são agravados com a recessão causada pela Guerra do Golfo. Como solução, a empresa vende aeronaves para bancos e empresas de leasing e passa a pagar aluguel para utilizar os aviões.
1993: Varig inicia processo de reestruturação.
1994: A empresa termina a reformulação, tendo renegociado contratos e dispensado mais de 3 mil funcionários. A companhia pleiteou preços mais baixos nos contratos de leasing com empresas arrendatárias e suspendeu pagamentos por 60 dias. Além disso, fechou 30 escritórios no exterior.
1999: Crise cambial no governo Fernando Henrique Cardoso impacta negativamente os resultados da empresa. A TAM, além de se transformar na principal concorrente da Varig no mercado doméstico ao longo da década de 90, inicia suas operações para o exterior.
2000: Criação da Varig Log, que já nasce como a terceira maior empresa do grupo.
2001: A Gol entra no mercado de aviação doméstico, acirrando a concorrência. Com os atentados de 11 de Setembro, que geraram para a indústria da aviação prejuízos de US$ 11,9 bilhões, as dívidas da Varig aumentaram.
2001: Fundação Ruben Berta rejeita acordo com credores. O BNDES deixa de costurar uma saída para a crise da companhia.
2003: Varig e TAM assinam um memorando de intenções para se unirem e começam a compartilhar vôos. A cogitada fusão, no entanto, não acontece. Varig perde a liderança do mercado doméstico para a TAM.
2004: Varig e TAM cobram a mesma tarifa em diversos trechos e chegam a propor a criação de uma empresa gestora dos vôos compartilhados, idéia que também não foi levada a cabo. A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) recomenda ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a suspensão do 'code-share' por causar danos ao consumidor.
2005: Com o fim do compartilhamento de vôos com a TAM, Varig cancela rotas. Gol ultrapassa a Varig na participação no mercado doméstico em abril. Varig inicia negociação com a TAP. Em 17 de junho, aérea entra com pedido à Justiça para que seja iniciado o processo de recuperação judicial, mecanismo que substituiu a concordata, de acordo com o que prevê a nova lei. Em novembro, a TAP e investidores brasileiros formalizam compra das subsidiárias Varig Log e VEM, o que garante o pagamento a credores internacionais. A Justiça de Nova York prorroga liminar que impede a tomada de aviões da Varig por empresas de leasing dos EUA. Em dezembro, a Fundação Rubem Berta (FRB) fecha acordo para transferir para Docas Investimentos 67% das ações ordinárias da FRBPar, proprietária da Varig. A Justiça do Rio suspende a operação por entender que a troca de controle da FRBPar tem que passar pela aprovação dos credores. A FRB pede à Justiça do Rio para a Varig sair da recuperação judicial, o que é negado. A Justiça afasta a FRB da gestão da Varig. Credores aprovam, em assembléia, o plano de reestruturação da companhia e rejeitam a oferta da Docas Investimentos.
2006
Janeiro: Chega-se à conclusão da venda da Varig Log e da VEM. Grupo TAP e Volo Brasil (constituída pelo fundo Mattin Patterson e investidores brasileiros) assumem a VEM e a Varig Log, respectivamente. A Justiça de Nova York prorroga liminar favorável à Varig, que impediu a tomada de aviões por empresas de leasing dos EUA.
Fevereiro: Credores aprovam texto final do plano de recuperação judicial da Varig, que prevê a criação de Fundos de Investimentos e Participação (FIPs), com o objetivo de captar novos investidores e permitir a conversão de dívidas em ações.
Abril: Os credores aprovam a criação do Fundo de Investimento e Participação Controlador (FIP Controle) e a indicação do Banco Brascan como gestor do fundo. Aprovam ainda a escolha da Consultoria Alvarez & Marsal para conduzir o plano de reestruturação da companhia. Varig pede mais prazo aos credores para pagar as dívidas, por meio do Plano de Emergência elaborado pela Consultoria Alvarez & Marsal, com a finalidade de sustentar o fluxo de caixa da empresa no curto prazo, até julho/agosto, quando os FIPs estariam, de fato, funcionando. A Varig Log oferece US$ 350 milhões pela empresa. Os credores rejeitam a proposta. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não aprova acordo operacional da Varig com a OceanAir, que previa fretamento de aviões por 90 dias em cidades do interior no Sul do país. A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) determina a intervenção e liquidação do Aerus, fundo de previdência dos funcionários da Varig. A diretoria da Varig recomenda ao Conselho de Administração que aceite nova proposta da Varig Log, no valor de US$ 400 milhões. O consultor Jaime Toscano oferece US$ 1,9 bilhão pela três empresas em recuperação judicial --Varig, Rio Sul e Nordeste--, mas não revela quem são os investidores interessados na aquisição. A Justiça do Rio concede uma liminar a uma empresa de leasing determinando que a Varig devolva uma turbina. A Corte de Falências de Nova York estende até o fim de maio a liminar que impede o arresto (apreensão) dos aviões da Varig por falta de pagamento.
Maio: A assembléia de credores da Varig para aprovar propostas para a companhia, que deveria ocorrer no dia 2, é adiada para para o dia 8, por falta de quórum. Varig desvia avião para Porto Alegre e evita arresto de turbina. Justiça derruba liminar que obrigava Varig a devolver turbina a norte americana G.A. Telesis Turbine. A VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, retira sua proposta de US$ 400 milhões para compra da empresa. No dia 8, assembléia de credores da Varig é adiada novamente, para o dia seguinte, por excesso de quórum. Consultoria Alvarez & Marsal e TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) passam o dia e a noite reunidos e unem proposta. Em 9 de maio credores aprovam em assembléia a proposta negociada entre a Alvarez & Marsal e o TGV, que prevê dois modelos para o leilão de venda da companhia --separada e integralmente-- que deverá ocorrem em 60 dias. Dias depois o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anuncia que poderá emprestar até US$ 166,6 milhões para o investidor interessado em capitalizar a Varig. Banco do Brasil também anuncia que pode financiar o investidor interessado em capitalizar a Varig. Justiça diz que investidor que comprar a Varig não terá que assumir as dívidas fiscais da companhia aérea. Três empresas protocolaram pedidos para a liberação de um empréstimo-ponte do BNDES para ajudar a Varig. O banco rejeita as propostas e anuncia que poderá financiar a empresa que vencer o leilão de venda da Varig. A empresa de leasing Bristol retira o Boeing 777, da Varig, em Nova York, que estava em manutenção no pátio da United Airlines, no aeroporto John F. Kennedy. Em 29 de maio a Justiça anuncia a antecipação do leilão da companhia aérea para 5 de junho. Varig publica edital de venda no dia 30 e no dia seguinte abre o 'data-room', sala virtual de informações confidenciais sobre a empresa. O juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, adia para 13 de junho a audiência para a decisão sobre o arresto (apreensão) dos bens da companhia nos Estados Unidos.
Junho: A Justiça do Rio de Janeiro anuncia o adiamento do leilão de venda da Varig, marcado para 5 de junho, para o dia 8 do mesmo mês. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, volta a confirmar no dia 5 de junho que o comprador da Varig não herdará as dívidas trabalhistas da empresa. Apenas o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) apresenta oferta pela Varig no leilão do dia 8, de R$ 1,010 bilhão. Varig passa a cancelar vôos das rotas domésticas e internacionais. No dia 12, Justiça impõe condições para aceitar proposta do TGV pela Varig, que previa pagamento de parte da oferta pela empresa em debêntures, e que não honra condições do edital. VarigLog propõe injetar US$ 485 milhões na empresa em troca de 90% da Varig e passa a depositar recursos na conta da companhia para ajudá-la no fluxo de caixa.
Julho: Justiça rejeita, no dia 14, proposta do TGV para compra da Varig, por falta de comprovação de capacidade de pagamento e descumprimento do edital. VarigLog redesenha proposta pela Varig mas detalhes não são divulgados. Ministério Público dá parecer favorável à venda para a VarigLog e recomenda realização de assembléia de credores. Justiça marca assembléia para dia 10 de julho e novo leilão para dia 12, mas dois dias depois anuncia o cancelamento, devido proposta de preço mínimo no valor de R$ 277 milhões feita pela VarigLog. Leilão é remarcado para dia 18 e assembléia, 17. Preço mínimo do leilão da Varig cai 81%, para US$ 24 milhões. Justiça adia novamente leilão, para dia 19. Assembléia de credores do dia 17 não aprova proposta da VarigLog, em razão de vetos de empresas de leasing ligadas à GE Capital. Justiça inválida votos da GE, por empresa ter vendido os créditos que tinha da Varig para outros investidores e remarca leilão para esta quinta-feira (20).
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