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04/08/2006
-
09h03
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo
A disputa pelos espaços que não estão sendo utilizados pela Varig nos aeroportos promete esquentar. Hoje, o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) tem reunião marcada com a Infraero, que administra os principais aeroportos do país, para discutir a distribuição dos guichês ociosos da companhia, conforme determinação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Na terça-feira, a agência falou em repasse temporário desses guichês, mas concorrentes como TAM, Gol e Ocean Air querem a redistribuição definitiva dos espaços. Nas palavras de um executivo do setor, devido à magnitude dos investimentos necessários, "não existe a figura da precariedade ou temporariedade na aviação".
De um lado do ringue, a VarigLog informou que a Varig deve terminar 2006 com 45 aviões (atualmente, segundo a última informação fornecida pela nova dona da companhia, são 12 aeronaves). Ou seja, quer recuperar terreno e voltar a ocupar espaços hoje ociosos.
Do outro, as companhias concorrentes, representadas pelo Snea, apontam o dedo na direção das filas intermináveis nos check-ins para falar da necessidade urgente de redistribuição em um ano em que a Varig encolheu e a demanda cresce mais de 20%.
A estimativa de consultores especializados, como Paulo Bittencourt Sampaio, é que a participação de mercado da aérea caia para 2,8% neste mês.
"Enquanto há filas imensas em todas as outras companhias, podemos colocar uma mesa de pingue-pongue na área da Varig em Congonhas", disse Anchieta Hélcias, do Snea.
Linha de tiro
Na linha de tiro, estão Infraero e Anac, divididas por pressões de ambos os lados.
Na tarde de ontem, a estatal informou que aguardava a proposta da nova malha da companhia aérea para redistribuir os espaços. A proposta foi entregue pela VarigLog e fala em dois anos para implementação total do projeto. A briga deverá se intensificar porque as concorrentes não estão nem um pouco dispostas a esperar que a Varig recomponha sua frota e volte a usar os espaços.
O tempo que a Anac levará para conceder o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo) à Aéreo Transporte Aéreos, constituída pela VarigLog para comprar a Varig, será outro objeto de polêmica no setor.
Obter esse certificado, necessário para a empresa se constituir como concessionária de serviço público, pode levar mais de um ano, devido à quantidade de exigências. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, já afirmou que o Cheta para a Aéreo Transportes deve sair em apenas alguns meses. "Se isso acontecer, a aviação civil brasileira ficará desacreditada", afirmou um executivo, que preferiu não se identificar.
Por fim, também há pela frente disputa entre as companhias aéreas que concorrem com a Varig. Empresas menores, como a Ocean Air, reclamam das regras recém-instituídas pela Anac para distribuição de "slots" (espaços e horários para pousos e decolagens). Para elas, as maiores, como TAM e Gol, que têm quase 90% do mercado, são favorecidas.
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A disputa pelos espaços que não estão sendo utilizados pela Varig nos aeroportos promete esquentar. Hoje, o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) tem reunião marcada com a Infraero, que administra os principais aeroportos do país, para discutir a distribuição dos guichês ociosos da companhia, conforme determinação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Na terça-feira, a agência falou em repasse temporário desses guichês, mas concorrentes como TAM, Gol e Ocean Air querem a redistribuição definitiva dos espaços. Nas palavras de um executivo do setor, devido à magnitude dos investimentos necessários, "não existe a figura da precariedade ou temporariedade na aviação".
De um lado do ringue, a VarigLog informou que a Varig deve terminar 2006 com 45 aviões (atualmente, segundo a última informação fornecida pela nova dona da companhia, são 12 aeronaves). Ou seja, quer recuperar terreno e voltar a ocupar espaços hoje ociosos.
Do outro, as companhias concorrentes, representadas pelo Snea, apontam o dedo na direção das filas intermináveis nos check-ins para falar da necessidade urgente de redistribuição em um ano em que a Varig encolheu e a demanda cresce mais de 20%.
A estimativa de consultores especializados, como Paulo Bittencourt Sampaio, é que a participação de mercado da aérea caia para 2,8% neste mês.
"Enquanto há filas imensas em todas as outras companhias, podemos colocar uma mesa de pingue-pongue na área da Varig em Congonhas", disse Anchieta Hélcias, do Snea.
Linha de tiro
Na linha de tiro, estão Infraero e Anac, divididas por pressões de ambos os lados.
Na tarde de ontem, a estatal informou que aguardava a proposta da nova malha da companhia aérea para redistribuir os espaços. A proposta foi entregue pela VarigLog e fala em dois anos para implementação total do projeto. A briga deverá se intensificar porque as concorrentes não estão nem um pouco dispostas a esperar que a Varig recomponha sua frota e volte a usar os espaços.
O tempo que a Anac levará para conceder o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo) à Aéreo Transporte Aéreos, constituída pela VarigLog para comprar a Varig, será outro objeto de polêmica no setor.
Obter esse certificado, necessário para a empresa se constituir como concessionária de serviço público, pode levar mais de um ano, devido à quantidade de exigências. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, já afirmou que o Cheta para a Aéreo Transportes deve sair em apenas alguns meses. "Se isso acontecer, a aviação civil brasileira ficará desacreditada", afirmou um executivo, que preferiu não se identificar.
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