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09/08/2006
-
18h20
DENYSE GODOY
da Folha Online
A decisão --amplamente esperada-- do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de manter em 5,25% os juros da economia dos Estados Unidos, tomada ontem, era amplamente esperada. Surpreendeu, porém, a cautela demonstrada pela autoridade monetária: em comunicado, destacou que ainda há risco de pressões inflacionárias.
"Para o mercado, a incerteza quanto aos rumos da economia americana e dos juros permanecem. Enquanto isso não ficar claro, a Bovespa deve operar sem tendência definida, com possibilidade de reação negativa quando saírem índices que apontem avanço dos preços", afirma Marcello Paixão, sócio-diretor da Principia Capital Management. "Ou seja, os acontecimentos no cenário externo continuarão se sobrepondo aos do interno."
Como as dúvidas são muitas, a recomendação continua sendo de cautela. "Talvez este não seja o momento ideal para comprar ações. Alguns papéis estão com preços atraentes agora, mas é melhor esperar um pouco a correr o risco de grandes perdas com as turbulências que podem vir pela frente", pondera Paixão. "Outra coisa é colocar dinheiro em um fundo da sua confiança. Afinal, as perspectivas para a Bolsa brasileira no médio e longo prazo continuam positivas, já que a economia está crescendo e as empresas têm apresentado bons resultados, com destaque para as companhias dos setores exportadores e financeiro."
A cruz e a espada
Analistas advertem que as conseqüências da resolução do Fed podem ser danosas para a instituição. "Ben Bernanke [presidente da instituição] está realmente colocando sua reputação em risco ao se concentrar apenas no fato de que a economia está desacelerando e não considerar que os indicadores têm apontado alta de preços", diz Paixão. "É uma situação difícil. Não há um caminho certo ou errado por definição. Foi feita uma tentativa que pode ou não ter êxito. Mas a sua credibilidade será arranhada caso precise voltar a aumentar a taxa daqui a uma ou duas reuniões do comitê."
A alternativa que o Fed tinha não era mais confortável. Se elevasse os juros novamente, correria o risco de apertar demais o cinto, porque os resultados dos últimos aumentos ainda não foram sentidos completamente na economia.
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A decisão --amplamente esperada-- do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de manter em 5,25% os juros da economia dos Estados Unidos, tomada ontem, era amplamente esperada. Surpreendeu, porém, a cautela demonstrada pela autoridade monetária: em comunicado, destacou que ainda há risco de pressões inflacionárias.
"Para o mercado, a incerteza quanto aos rumos da economia americana e dos juros permanecem. Enquanto isso não ficar claro, a Bovespa deve operar sem tendência definida, com possibilidade de reação negativa quando saírem índices que apontem avanço dos preços", afirma Marcello Paixão, sócio-diretor da Principia Capital Management. "Ou seja, os acontecimentos no cenário externo continuarão se sobrepondo aos do interno."
Como as dúvidas são muitas, a recomendação continua sendo de cautela. "Talvez este não seja o momento ideal para comprar ações. Alguns papéis estão com preços atraentes agora, mas é melhor esperar um pouco a correr o risco de grandes perdas com as turbulências que podem vir pela frente", pondera Paixão. "Outra coisa é colocar dinheiro em um fundo da sua confiança. Afinal, as perspectivas para a Bolsa brasileira no médio e longo prazo continuam positivas, já que a economia está crescendo e as empresas têm apresentado bons resultados, com destaque para as companhias dos setores exportadores e financeiro."
A cruz e a espada
Analistas advertem que as conseqüências da resolução do Fed podem ser danosas para a instituição. "Ben Bernanke [presidente da instituição] está realmente colocando sua reputação em risco ao se concentrar apenas no fato de que a economia está desacelerando e não considerar que os indicadores têm apontado alta de preços", diz Paixão. "É uma situação difícil. Não há um caminho certo ou errado por definição. Foi feita uma tentativa que pode ou não ter êxito. Mas a sua credibilidade será arranhada caso precise voltar a aumentar a taxa daqui a uma ou duas reuniões do comitê."
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