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30/08/2006
-
09h04
da Folha Online
A linha de produção da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo está totalmente paralisada desde ontem, após o início da greve dos trabalhadores da empresa, disse nesta quarta-feira o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Francisco Duarte Lima, o Alemão.
Hoje foram realizadas duas assembléias, às 5h30 e às 7h30, com os trabalhadores do turno da madrugada e os do turno da manhã respectivamente, para informar os funcionários sobre o andamento do movimento, disse Lima. Os funcionários da madrugada, que entraram ontem às 22h, já haviam aderido à greve --decidida ontem, por volta das 16h30.
Segundo ele, a diretoria da Volks ainda não procurou o sindicato para negociar. Lima afirmou que os turnos estão sendo trocados normalmente, mas os funcionários permanecem na fábrica sem trabalhar.
A fábrica deixará de produzir até 940 veículos por dia --volume diário de veículos produzidos na unidade dos modelos Gol, Saveiro, Polo, Polo Sedan, Kombi e do Fox exportado para a Europa.
A greve foi deflagrada após a Volks enviar cartas para informar sobre a demissão de 1.800 funcionários a partir de 21 de novembro, quando termina o acordo de estabilidade de emprego em vigor com a fábrica.
As demissões, por sua vez, ocorreram um dia após o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informar que suspenderia um empréstimo de R$ 497 milhões para a empresa até que houvesse um acordo com o sindicato.
Além desses 1.800 já informados da demissão, a Volks quer cortar ao menos mais 1.800 até 2008.
A fábrica de São Bernardo, a maior das cinco da montadora alemã no Brasil, emprega 12.400 funcionários, mas só 8.000 estão na produção. Os demais cumprem trabalhos administrativos, área que está concentrada no ABC.
Segundo a Volks, se não chegar a um acordo com sindicatos para demitir 3.600 funcionários e reduzir direitos trabalhistas dos demais, a empresa terá que fechar a fábrica e dispensar 6.100 pessoas.
Desde 2000, a unidade de São Bernardo recebeu investimentos de R$ 2 bilhões, mas ainda é considerada pouco competitiva em relação às demais fábricas.
A principal vantagem da unidade Anchieta é a proximidade do porto de Santos, que facilita a exportação. Por outro lado, as vendas ao exterior da montadora foram as mais afetadas pela desvalorização do dólar.
Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), a Volks é a maior produtora de veículos do Brasil.
Entre janeiro e julho, a montadora alemã produziu 456.391 automóveis, caminhões e ônibus. Trata-se de quase 30% do 1,523 milhão de veículos produzidos por todas as montadoras brasileiras no mesmo período.
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A linha de produção da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo está totalmente paralisada desde ontem, após o início da greve dos trabalhadores da empresa, disse nesta quarta-feira o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Francisco Duarte Lima, o Alemão.
Hoje foram realizadas duas assembléias, às 5h30 e às 7h30, com os trabalhadores do turno da madrugada e os do turno da manhã respectivamente, para informar os funcionários sobre o andamento do movimento, disse Lima. Os funcionários da madrugada, que entraram ontem às 22h, já haviam aderido à greve --decidida ontem, por volta das 16h30.
Segundo ele, a diretoria da Volks ainda não procurou o sindicato para negociar. Lima afirmou que os turnos estão sendo trocados normalmente, mas os funcionários permanecem na fábrica sem trabalhar.
A fábrica deixará de produzir até 940 veículos por dia --volume diário de veículos produzidos na unidade dos modelos Gol, Saveiro, Polo, Polo Sedan, Kombi e do Fox exportado para a Europa.
A greve foi deflagrada após a Volks enviar cartas para informar sobre a demissão de 1.800 funcionários a partir de 21 de novembro, quando termina o acordo de estabilidade de emprego em vigor com a fábrica.
As demissões, por sua vez, ocorreram um dia após o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informar que suspenderia um empréstimo de R$ 497 milhões para a empresa até que houvesse um acordo com o sindicato.
Além desses 1.800 já informados da demissão, a Volks quer cortar ao menos mais 1.800 até 2008.
A fábrica de São Bernardo, a maior das cinco da montadora alemã no Brasil, emprega 12.400 funcionários, mas só 8.000 estão na produção. Os demais cumprem trabalhos administrativos, área que está concentrada no ABC.
Segundo a Volks, se não chegar a um acordo com sindicatos para demitir 3.600 funcionários e reduzir direitos trabalhistas dos demais, a empresa terá que fechar a fábrica e dispensar 6.100 pessoas.
Desde 2000, a unidade de São Bernardo recebeu investimentos de R$ 2 bilhões, mas ainda é considerada pouco competitiva em relação às demais fábricas.
A principal vantagem da unidade Anchieta é a proximidade do porto de Santos, que facilita a exportação. Por outro lado, as vendas ao exterior da montadora foram as mais afetadas pela desvalorização do dólar.
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