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30/08/2006 - 15h32

Trabalhadores podem flexibilizar greve da Volks no ABC

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da Folha Online

Os funcionários da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) decidiram hoje manter a greve iniciada ontem em protesto contra demissões, mas admitem utilizar várias formas de protesto daqui em diante.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, os funcionários do turno da tarde continuarão na fábrica sem trabalhar. No entanto, parte da produção poderá ser retomada, ao contrário do que aconteceu nas últimas 24 horas, quando todas as linhas foram paralisadas.

O sindicato informou que os trabalhadores planejam fazer vários tipos de manifestações até o dia 21 de novembro, quando termina o acordo de estabilidade que impede demissões na empresa.

Os trabalhadores podem, por exemplo, paralisar a área de estamparia, o que prejudicaria a produção das outras unidades da Volks que não estão em greve. Entre as possibilidades também está a realização de passeatas.

A Volks já informou que vai demitir 1.800 funcionários em novembro e que mais 1.800 deverão ser dispensados até 2008. Caso não haja um acordo para reduzir os direitos trabalhistas dos que ficarem, outros 2.500 empregados poderão ser dispensados.

O governo tem tentado intermediar um acordo entre a montadora e o sindicato, mas se posicionou ao lado dos trabalhadores.

O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) decidiu suspender a liberação de um empréstimo de R$ 497 milhões já aprovado à montadora até que haja um acordo com o sindicato.

Já a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse hoje que "não vê com bons olhos" a ameaça da Volks de fechar a fábrica de São Bernardo. Ela também cobrou maior flexibilidade nas negociações entre sindicato e fábrica.

Se permanecer totalmente parada, a Volkswagen deixará de produzir até 940 veículos por dia --volume diário de veículos produzidos na unidade dos modelos Gol, Saveiro, Polo, Polo Sedan, Kombi e do Fox exportado para a Europa.

A fábrica de São Bernardo, a maior das cinco da montadora alemã no Brasil, emprega 12.400 funcionários, mas só 8.000 estão na produção. Os demais cumprem trabalhos administrativos, área que está concentrada no ABC.

Desde 2000, a unidade de São Bernardo recebeu investimentos de R$ 2 bilhões, mas ainda é considerada pouco competitiva em relação às demais fábricas.

A principal vantagem da unidade Anchieta é a proximidade do porto de Santos, que facilita a exportação. Por outro lado, as vendas ao exterior da montadora foram as mais afetadas pela desvalorização do dólar.

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