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30/08/2006
-
20h26
KAREN CAMACHO
da Folha Online
A Volkswagen informou que, na primeira quinzena de setembro, a matriz da montadora, na Alemanha, vai decidir sobre novos investimentos e a viabilidade da unidade Anchieta (ABC). A empresa insistiu que, sem os cortes anunciados, a empresa poderá fechar as portar em São Bernardo.
A montadora disse que ainda tem expectativa de fechar um acordo com o sindicato. A empresa pretende cortar 3.600 funcionários da unidade, que conta atualmente com 12.400. Os primeiros 1.800 devem ser cortados em 21 de novembro, quando termina o prazo de estabilidade na unidade. Os demitidos já foram comunicados por carta.
"Desde que anunciou em 3 de maio deste ano a segunda fase do Plano de Reestruturação há, portanto, exatos 117 dias , a Volkswagen do Brasil não tem medido esforços para chegar a um entendimento com os representantes de seus empregados. Sem um acordo, a fábrica Anchieta não terá condições de atrair novos investimentos, o que pode inviabilizar o futuro das suas operações", informou a empresa.
As reuniões dos próximos 15 dias, na cidade de Wolfsburg, na Alemanha, sede da empresa, devem decidir sobre os novos investimentos para as operações da empresa no Brasil. "Este, portanto, é o prazo final para a fábrica Anchieta se adequar aos padrões de melhoria de produtividade e redução de custos, incluindo custos com pessoal, exigidos pela matriz para ser contemplada com investimentos em novos produtos, fato que viabilizará o futuro da unidade", informou a montadora.
"A empresa está sendo absolutamente clara e transparente ao indicar as graves conseqüências que ocorrerão caso não haja um acordo trabalhista. Desta vez, a questão está concentrada na existência ou não de futuro para a Anchieta, a maior operação industrial da Volkswagen no Brasil", disse Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.
A empresa usou o acordo com a unidade de Taubaté (SP) como exemplo de negociação. Em julho, empresa e sindicato acertaram o corte de 300 neste ano e 400 até 2008. Desses, 160 já foram demitidos em julho. "E o Grupo Volkswagen já anunciou investimentos que garantem a produção de novos modelos em Taubaté, viabilizando as operações da unidade nos próximos anos", informou a empresa.
Apesar das 33 horas de negociação na semana passada terminarem sem acordo entre empresa e sindicato, a Volks informou que "tem convicção de que, com a boa vontade de todos, as enormes dificuldades serão superadas e através de um acordo a Anchieta se credenciará para novos investimentos."
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que "continua aberto a qualquer negociação equilibrada. Até o momento, a empresa não quis ceder em nenhum ponto".
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A Volkswagen informou que, na primeira quinzena de setembro, a matriz da montadora, na Alemanha, vai decidir sobre novos investimentos e a viabilidade da unidade Anchieta (ABC). A empresa insistiu que, sem os cortes anunciados, a empresa poderá fechar as portar em São Bernardo.
A montadora disse que ainda tem expectativa de fechar um acordo com o sindicato. A empresa pretende cortar 3.600 funcionários da unidade, que conta atualmente com 12.400. Os primeiros 1.800 devem ser cortados em 21 de novembro, quando termina o prazo de estabilidade na unidade. Os demitidos já foram comunicados por carta.
"Desde que anunciou em 3 de maio deste ano a segunda fase do Plano de Reestruturação há, portanto, exatos 117 dias , a Volkswagen do Brasil não tem medido esforços para chegar a um entendimento com os representantes de seus empregados. Sem um acordo, a fábrica Anchieta não terá condições de atrair novos investimentos, o que pode inviabilizar o futuro das suas operações", informou a empresa.
As reuniões dos próximos 15 dias, na cidade de Wolfsburg, na Alemanha, sede da empresa, devem decidir sobre os novos investimentos para as operações da empresa no Brasil. "Este, portanto, é o prazo final para a fábrica Anchieta se adequar aos padrões de melhoria de produtividade e redução de custos, incluindo custos com pessoal, exigidos pela matriz para ser contemplada com investimentos em novos produtos, fato que viabilizará o futuro da unidade", informou a montadora.
"A empresa está sendo absolutamente clara e transparente ao indicar as graves conseqüências que ocorrerão caso não haja um acordo trabalhista. Desta vez, a questão está concentrada na existência ou não de futuro para a Anchieta, a maior operação industrial da Volkswagen no Brasil", disse Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.
A empresa usou o acordo com a unidade de Taubaté (SP) como exemplo de negociação. Em julho, empresa e sindicato acertaram o corte de 300 neste ano e 400 até 2008. Desses, 160 já foram demitidos em julho. "E o Grupo Volkswagen já anunciou investimentos que garantem a produção de novos modelos em Taubaté, viabilizando as operações da unidade nos próximos anos", informou a empresa.
Apesar das 33 horas de negociação na semana passada terminarem sem acordo entre empresa e sindicato, a Volks informou que "tem convicção de que, com a boa vontade de todos, as enormes dificuldades serão superadas e através de um acordo a Anchieta se credenciará para novos investimentos."
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