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31/08/2006 - 16h28

Volks dá folga em Taubaté e Paraná; Anchieta mantém greve até 2ª

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

A Volkswagen vai dar dois dias de folga para os funcionários de Taubaté (SP) e de São José dos Pinhais (PR). Segundo a empresa, a parada é estratégica para ajustar a produção de veículos. A unidade Anchieta (ABC) decidiu nesta tarde manter a greve geral até a próxima segunda-feira, quando haverá outra assembléia.

Os funcionários de São José dos Pinhais chegaram a discutir paralisação de uma hora na fábrica em protesto às demissões anunciadas na Anchieta. A proposta não chegou a ser votada pelos trabalhadores, já que a fábrica decidiu dar folga amanhã e sábado para os 3.800 funcionários.

A unidade do Paraná produz Fox e Golf para o mercado nacional e exportação e Audi A3. Dos 3.200 funcionários da produção, 78% estão na linha do Fox, 20% produzem Golf e 2% estão na linha do Audi, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

Em Taubaté, a Volks vai dar folga na sexta e na próxima quarta-feira para os 4.500 funcionários. A unidade produz Gol e Parati e a produção diária chega a 900 carros.

Nas duas unidades juntas, 3.500 carros deixarão de ser produzidos com as folgas. Somando com os carros de deixaram de ser feitos em três dias de greve na unidade Anchieta, a Volks deixou de fabricar mais de 6 mil carros.

No Paraná, o diretor do sindicato, Nelson Silva de Souza, disse que os funcionários são solidários aos colegas que receberam as 1.800 cartas avisando sobre as demissões a partir de 21 de novembro e disse que se a montadora fizer o mesmo naquela unidade, também haverá greve.

Segundo o sindicato, o ajuste de produção não é o verdadeiro motivo das folgas, mas sim os reflexos da greve na unidade Anchieta. A fábrica de Taubaté estaria com falta de câmbio, já que parte da produção é feita no ABC. Em São José dos Pinhais, a falta seria de peças estampadas que são feitas em São Bernardo.

Greve

Os funcionários da unidade Anchieta decidiram manter a greve iniciada na última terça até a próxima segunda. Os metalúrgicos não trabalhariam amanhã porque a empresa adotou a jornada semanal mais curta neste mês para ajuste de produção.

Eles se manifestam contra as demissões anunciadas pela empresa e ameaça de fechar a unidade mais antiga da Volks no Brasil. Na última terça, a greve começou logo após a fábrica dar início à distribuição de 1.800 cartas comunicando as dispensas a partir de 21 de novembro, quando termina o prazo de estabilidade na unidade.

A empresa quer cortar 3.600 funcionários até 2008, dos 12.400 atuais. A montadora diz que segue orientação da matriz, na Alemanha, e que, se a redução de gastos não for feito, será inviável manter a unidade.

A Volks anunciou ontem que a matriz decidirá sobre investimentos no Brasil e sobre o futuro da unidade na Anchieta na primeira quinzena de setembro.

Em Taubaté, a empresa ameaçou cortes e o sindicato aceitou uma negociação que envolveu o corte de 160 funcionários em julho e de 140 até o final do ano. Outros 400 serão demitidos até 2008. em contrapartida, a empresa prometeu investimentos na unidade e a linha de produção de novos modelos.

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