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01/09/2006 - 16h22

Sindicato fará protesto na porta das concessionárias da Volks

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC prepara algumas manifestações contra o anúncio de demissões feito pela Volkswagen. A montadora quer cortar 3.600 na unidade Anchieta (ABC) até 2008, sendo 1.800 a partir de novembro deste ano.

Na próxima quarta-feira, o sindicato vai distribuir cartas de protesto às ameaças de demissões em concessionários da marca nas cidades do ABC e em algumas capitais do país. "O objetivo é dialogar com o consumidor Volkswagen e com a sociedade", disse o vice-presidente do sindicato, Francisco Duarte de Lima.

O sindicato classificou o dia 6 de setembro como o dia nacional de luta contras as demissões na Volkswagen e está sendo organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) com o apoio da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).

A carta a ser distribuída deve "conter dados que mostram, entre outras coisas, o impacto que as demissões podem causar ao país". Lima disse que não é objetivo dos sindicalistas "prejudicar as vendas dos carros ou o movimento das concessionárias".

A Assobrav (Associação Brasileira dos Distribuidores Volkswagen) foi procurada para comentar a intenção do sindicato de manifestar na porta das principais concessionárias, mas preferiu não se manifestar. Algumas lojas ouvidas pela Folha Online disseram que não deve haver prejuízo no movimento em razão do protesto.

Na manhã de hoje, uma manifestação de pouco mais de uma hora prejudicou o trânsito na rodovia Cônego Domênico Rangoni (antiga Piaçagüera-Guarujá). Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, a lentidão chegou a 10 km.

Por volta das 6h30, os manifestantes atravessaram um carro de som na pista, no sentido Guarujá, na altura do km 262, em Cubatão (58 km a sudeste de São Paulo).

A unidade Anchieta está em greve desde a última terça-feira em protesto às demissões anunciadas. A greve vai durar até a próxima segunda à tarde, quando os funcionários se reúnem em assembléia para decidir os rumos das manifestações.

A empresa deu folga hoje para as unidades de Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) alegando "ajuste de produção". A fábrica de Taubaté também terá folga na próxima quarta e, no Paraná, a unidade não funciona amanhã. Segundo o sindicato, as paralisações são decorrentes da falta de peças que são produzidas na Anchieta.

A empresa agendou para o dia 18 o início das férias coletivas nas três unidades de veículos leves. A montadora informou que, se a greve da Anchieta continuar, todos ficarão 12 dias em férias coletivas porque poderá faltar componentes.

A empresa não informou se os estoques são suficientes ou não para abastecer o mercado se a greve continuar. De acordo com o sindicato, em uma semana a empresa começará a ter problemas e falta de carros para distribuir para as revendedoras.

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