Publicidade
Publicidade
04/09/2006
-
18h23
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
Os preços mínimos das freqüências nas faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz, para a prestação de serviços de acesso à internet em banda larga sem fio poderão subir 76% com a intervenção do TCU (Tribunal de Contas da União) no leilão, feita hoje por meio de medida cautelar que suspendeu o processo de licitação.
Na avaliação do tribunal, a Anatel, responsável pela licitação, errou ao definir preços mínimos baseados em um câmbio desatualizado (euro de novembro de 2004), o que elevou a estimativa de investimentos, reduziu o valor da licença e conseqüentemente o valor potencialmente arrecadado pela União.
Isso porque a agência considerou, ao elaborar o edital, uma cotação de R$ 3,54 para o euro, de acordo com o TCU. Como a moeda hoje está cotada a aproximadamente R$ 2,80, na prática, os investimentos necessários são menores, e o valor da licença poderia, então, ser maior, mantendo-se o mesmo nível de rentabilidade.
Técnicos do tribunal chegaram a alertar a agência para a necessidade de atualização do câmbio em reuniões técnicas realizadas no mês passado, mas os preços mínimos não foram alterados.
A manutenção dos valores pela agência provocaria uma perda de arrecadação de até R$ 23 milhões para a União, segundo cálculos do TCU, que analisa previamente todos os processos de licitação de licenças da Anatel e de outros órgãos da administração pública.
Na avaliação da área técnica do tribunal, se as "inconsistências" no estudo de viabilidade econômica, que levou à definição dos preços mínimos, forem sanadas, o processo de licitação poderá ser retomado sem a necessidade de publicação de um novo edital. Entretanto, as propostas recebidas hoje de cem empresas poderão ter que ser devolvidas, e reapresentadas em outra sessão.
Em nota à imprensa, o tribunal deixou claro que não pretende, com a medida cautelar, alterar cláusulas do edital (como fizeram as teles por meio de ações na Justiça), mas corrigir as distorções e desatualizações identificadas "que poderiam trazer prejuízos aos cofres públicos e à própria lisura da licitação".
Além da decisão do TCU, que deverá mudar os valores de propostas pelas freqüências, uma decisão liminar da Justiça Federal de Brasília suspendeu a cláusula do edital que impedia a participação de teles fixas locais e empresas coligadas e controladas nas áreas em que atuam como concessionárias.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também reafirmou hoje que pretende introduzir obrigações para as empresas que adquirirem as freqüências.
Leia mais
Entenda o leilão de banda larga sem fio e o WiMax
Justiça nega recurso da Anatel e mantém teles em leilão de internet
Tribunal de Contas suspende leilão de internet da Anatel
Especial
Leia o que já foi publicado sobre banda larga sem fio
Sites relacionados
Leilão pode afetar concorrência no setor de internet
Freqüências para internet podem encarecer 76% com intervenção do TCU
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Os preços mínimos das freqüências nas faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz, para a prestação de serviços de acesso à internet em banda larga sem fio poderão subir 76% com a intervenção do TCU (Tribunal de Contas da União) no leilão, feita hoje por meio de medida cautelar que suspendeu o processo de licitação.
Na avaliação do tribunal, a Anatel, responsável pela licitação, errou ao definir preços mínimos baseados em um câmbio desatualizado (euro de novembro de 2004), o que elevou a estimativa de investimentos, reduziu o valor da licença e conseqüentemente o valor potencialmente arrecadado pela União.
Isso porque a agência considerou, ao elaborar o edital, uma cotação de R$ 3,54 para o euro, de acordo com o TCU. Como a moeda hoje está cotada a aproximadamente R$ 2,80, na prática, os investimentos necessários são menores, e o valor da licença poderia, então, ser maior, mantendo-se o mesmo nível de rentabilidade.
Técnicos do tribunal chegaram a alertar a agência para a necessidade de atualização do câmbio em reuniões técnicas realizadas no mês passado, mas os preços mínimos não foram alterados.
A manutenção dos valores pela agência provocaria uma perda de arrecadação de até R$ 23 milhões para a União, segundo cálculos do TCU, que analisa previamente todos os processos de licitação de licenças da Anatel e de outros órgãos da administração pública.
Na avaliação da área técnica do tribunal, se as "inconsistências" no estudo de viabilidade econômica, que levou à definição dos preços mínimos, forem sanadas, o processo de licitação poderá ser retomado sem a necessidade de publicação de um novo edital. Entretanto, as propostas recebidas hoje de cem empresas poderão ter que ser devolvidas, e reapresentadas em outra sessão.
Em nota à imprensa, o tribunal deixou claro que não pretende, com a medida cautelar, alterar cláusulas do edital (como fizeram as teles por meio de ações na Justiça), mas corrigir as distorções e desatualizações identificadas "que poderiam trazer prejuízos aos cofres públicos e à própria lisura da licitação".
Além da decisão do TCU, que deverá mudar os valores de propostas pelas freqüências, uma decisão liminar da Justiça Federal de Brasília suspendeu a cláusula do edital que impedia a participação de teles fixas locais e empresas coligadas e controladas nas áreas em que atuam como concessionárias.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também reafirmou hoje que pretende introduzir obrigações para as empresas que adquirirem as freqüências.
Leia mais
Especial
Sites relacionados
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice